Outros dois suspeitos tinham sido presos de madrugada.
Vídeo mostra um deles deixando clínica.
A Polícia Civil do Rio prendeu na tarde desta quarta-feira (29) mais um envolvido com a prática de abortos no estado, identificado como Eduardo José da Silva Corrêa. Com a prisão, o número de presos na operação Herodes, que desbaratou uma rede de clínicas este mês em várias regiões do Rio, subiu para 62. Como informou a GloboNews, ele é suspeito de fazer a segurança da quadrilha.
Durante a madrugada, foi preso o médico Guilherme Estrela Aranha, apontado como chefe do núcleo da rede que realizava abortos na Tijuca, Zona Norte do Rio. Horas antes, na noite de terça (28), o policial civil Agostinho Rodrigues da Silva também foi preso por fazer segurança de uma das clínicas. A Operação Herodes, deflagrada no dia 13, prendeu dezenas de médicos e militares que fariam a segurança das clínicas foram presos.
Escutas obtidas pela Globonews mostram como a quadrilha praticava as cirurgias ilegais em clínicas clandestinas. A investigação começou no fim de 2012, quando alguns dos lugares onde aconteciam abortos foram interditados, e integrantes do grupo foram presos.
Os agenciadores não falavam às clientes onde seria realizado o aborto e esses locais passaram a ser itinerantes. Ora em clínicas, ora em salas alugadas, ou até na casa dos integrantes.
saiba mais
Segundo a Corregedoria da Polícia Civil no Rio de Janeiro, há registros de que a quadrilha desmantelada realizava abortos até em meninas de 13 anos de idade. O médico Aloísio Soares Guimarães é considerado pela polícia como um dos chefes da quadrilha. Ele, que é morador do Leblon, faria abortos desde 1972 em uma clínica clandestina em Copacabana. Na casa dele, foram apreendidos R$ 532 mil.
De acordo com o delegado da corregedoria, Felipe Bittencourt do Vale, a demanda era muito maior do que a oferta. "Em determinadas clínicas, o médico chegava a se recusar a atender mais de 10 gestantes por dia", afirmou.
Durante a apuração, a Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio de Janeiro (Coinpol) constatou que a organização criminosa era dividida em sete núcleos - Campo Grande, Copacabana, Botafogo, Bonsucesso, Rocha, Tijuca, Guadalupe - com área de atuação na capital e na Região Metropolitana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário