sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pancadas de chuvas mais frequentes devem elevar a cota do Rio Paraíba


Previsão é de que até segunda os mananciais recebam bom volume de água
 Carlos Grevi / Marcelo Esqueff

Previsão é de que até segunda os mananciais recebam bom volume de água

Uma ótima previsão. A partir da tarde desta sexta-feira (31/10), as pancadas de chuva deverão ser mais frequentes e abundantes em toda a Região Sudeste, e os períodos de chuva devem se repetir todas as tardes, pelo menos, até a próxima segunda-feira (03/11).
E essa é uma informação importante, já que é de chuva que o Rio Paraíba do Sul precisa para ir voltando aos poucos a sua normalidade, estando com o seu mais baixo nível desde 1922, quando a medição passou a ser feita, com 4,55 metros, sendo considerada, portanto, das mais severas secas e estiagem de todos os tempos. O normal seria de aproximadamente 5,80 metros.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o sistema de alta pressão atmosférica que mantém o ar mais quente e seco próximo à Terra vinha bloqueando a entrada de frentes frias e a ocorrência de áreas de instabilidade no país. Esse fenômeno impedia a formação de nuvens.
No entanto, a ocorrência de precipitações dentro da normalidade para o período não será ainda suficiente para repor, de imediato, a água dos principais mananciais de abastecimento.
Na última terça-feira (29/10), a reportagem do Site Ururau conversou com o secretário municipal de Defesa Civil de Campos, Henrique Oliveira que se mostrava animado com a previsão para os próximos dias, com probabilidade de chegar até a 50ml, sendo que este cenário seria um alento para iniciar uma melhora para o atual estado do Paraíba. Há quatro meses teve início a estiagem e com ela, a esperança da normalidade.
“Estamos esperançosos, pois há salvação para o Rio Paraíba do Sul. A previsão é de que nas próximas semanas chova, mas a situação ainda é preocupante, pois a última medição, realizada na manhã de hoje (terça-feira), o nível estava em 4,60 metros. É preciso chover muito para que o rio volte ao normal”, disse o secretário que explicava sobre a massa de ar quente que bloqueava a possível frente fria.
A situação é crítica não só em Campos, mas em vários municípios da região. Em São Fidélis, por exemplo, a Defesa Civil local decretou situação de emergência devido a estiagem que vem causando sérios prejuízos a população rural.
‘SEM CHUVA NÃO HÁ RECARGA DO RIO’
Segundo a professora e pesquisadora do Laboratório de Ciências Ambientais da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Darcy Ribeiro, Marina Suzuki, estamos entrando no período de El Niño, e isso para região Sudeste é muito ruim por conta da estiagem.
“Enquanto não houver chuva não há recarga do rio. Só que vai levar certo tempo para que o mesmo se recupere, porque é necessário que primeiro o solo fique encharcado de água, para que ele possa despejar a água para dentro do rio”, explicou a pesquisadora.
CHUVA QUE CAIU DURANTE A SEMANA NÃO ALIVIOU
Segundo o coordenador da Defesa Civil em São João da Barra, Adriano Assis, as chuvas que caíram na última semana e nesta segunda-feira (27/10), não serviram para amenizar a situação do Paraíba. Em contrapartida, colaborou para molhar o solo, ajudando nas pastagens, irrigação e plantação.
“Essa água que caiu foi muito pouco. Para o rio voltar a sua normalidade tem que chover muito nos seus afluentes (São Paulo e Minas Gerais) e não na foz, sem contar que essa chuva que caiu não veio em boa hora”, enfatizou o coordenador.
Ainda de acordo com a Defesa Civil de Campos, seria necessário um período de 30 dias de chuva, cerca de 100 milímetros de chuvas.
A Secretaria de Agricultura de Campos vem realizando, desde janeiro, a limpeza e a manutenção de 30 quilômetros de canais na Baixada Campista e muitos canais estão sendo abastecidos pelas águas da Lagoa Feia.
Na Região Norte de Campos, segundo o secretário de Agricultura, Eduardo Crespo, a Prefeitura tem cedido tratores e caminhões para auxiliar pequenos produtores no transporte de alimentos para os animais.
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Fonte: REDAÇÃO

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