sábado, 25 de outubro de 2014

Envolvidos no caso Telexfree têm bens bloqueados pela Justiça, no ES


Decisão foi referente a uma empresa e seis pessoas envolvidas no caso. 
Pedido foi feito pelo Ministério Público Federal do Espírito Santo.

Do G1 ES
A Justiça Federal sequestrou os bens, bloqueou contas e valores, e conseguiu a quebra de sigilo bancário e fiscal de uma empresa e de outras seis pessoas, todas ligadas à Telexfree no Espírito Santo. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal no Estado (MPF-ES), conforme divulgado nesta sexta-feira (24).
A medida foi considerada necessária porque, durante a primeira fase da Operação Orion, em julho deste ano, foram apreendidos diversos documentos e surgiram indícios do envolvimento de novas pessoas no esquema da pirâmide financeira. A segunda fase foi realizada nesta sexta. Os nomes dos envolvidos não serão divulgados porque o processo tramita sob sigilo na Justiça Federal do Espírito Santo.
Na segunda fase da Operação Orion foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na sede de uma empresa e em três residências, em Vitória e Vila Velha. Na operação, participam 12 servidores da Receita Federal e 20 policiais federais.
O inquérito que apura a possível ocorrência de crimes praticados pela Telexfree e pelos seus sócios no país foi instaurado por requisição do MPF-ES. Todo o material apreendido até o momento, assim como o apreendido na primeira parte da Operação Orion, está subsidiando as investigações sobre crime contra o sistema financeiro nacional (oferta pública de valores mobiliários sem registro junto à Comissão de Valores Mobiliários); contra a economia popular (pirâmide financeira/ Ponzi); evasão de divisas; lavagem de dinheiro; e sonegação fiscal.
Investigações
Toda a investigação sobre a Telexfree no Brasil está sendo feita em conjunto entre MPF-ES, Polícia Federal e Receita Federal. Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados porque o processo tramita sob sigilo na Justiça Federal do Espírito Santo.
Atualmente, a Telexfree é alvo de uma ação civil pública na 2ª Vara Cível de Rio Branco, no Acre. Também é alvo de investigação nos Estados Unidos acerca de cometimento de fraude eletrônica instrumentalizada por uma pirâmide financeira. A Justiça americana, inclusive, determinou em abril o congelamento dos bens do grupo Telexfree. O pedido foi feito pela Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, e determinado pelo Tribunal Distrital de Boston.

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