segunda-feira, 22 de maio de 2017

'Eu botei um monstro pra fora', diz mãe de preso por estuprar enteada no ES

Isso não é um ser humano, é um monstro. Eu botei um monstro pra fora”. Esse é o desabafo da cozinheira Cremilda Lelis, mãe de Michael Lelis, preso por estuprar e agredir a enteada de dois anos de idade. A menina chegou a ser socorrida, mas não resistiu às agressões e morreu. O suspeito confessou o crime neste domingo (21).
Michael Lelis foi preso na noite deste sábado (20), por volta das 21h, escondido em uma caçamba de lixo, na BR-262, no bairro Marcílio de Noronha, em Viana. O crime ocorreu na quinta-feira à noite, e a menina morreu na sexta-feira (19).Ao ser preso, Michael confessou o crime. “Fui eu que estuprei a menina, fui eu que bati nela. Eu violentei ela e bati nela no banheiro. Eu não estava consciente quando fiz isso. Eu tinha bebido uma garrafa de uísque”, afirmou o homem.
Cremilda Lelis é mãe de Michael, preso por estuprar e agredir a enteada de dois anos (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)A mãe de Michael, a cozinheira Cremilda Lelis, contou que ficou surpresa com o crime e que a família está sendo ameaçada nas redes sociais por tentar proteger o criminoso.
“A família não está acoitando (protegendo). Eu como mãe dói, mas eu nunca ia acoitar isso. Eu tenho 14 netos, nunca que eu ia aceitar uma coisa dessas. Não entra na minha cabeça. Isso não é um ser humano, é um monstro. Eu botei um monstro pra fora. Eu falei pra ele isso aí dentro”, disse a mulher em entrevista à TV Gazeta.
Criança de dois anos morre após ser torturada e violentada, no ES

Crime

Segundo o delegado Lorenzo Pazolini, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, não há indícios de que a mãe tenha participado do crime ou tenha sido negligente.
Durante depoimento, Michael contou à polícia que estava vendo vídeos eróticos no momento em que abusou da enteada. No entanto, ele negou que tenha agredido a menina antes daquele dia.
"Nunca aconteceu antes, nem com ela nem com as outras meninas, nunca maltratei nenhuma delas", disse.
De acordo com ele, as agressões começaram por volta das 17h30, quando ele chutou a menina e ela bateu a cabeça na porta do banheiro.
"Ela estava andando eu empurrei ela. Ela bateu a boca na porta do banheiro e começou a chorar, chorar, e não parava. Acabei batendo nela pra ela parar de chorar. Eu tinha bebido", relatou.
Após agredir a criança, Michael abusou sexualmente dela e, em seguida, saiu de casa e foi na farmácia comprar um analgésico pois estava com dor de cabeça. Pouco tempo depois a mãe da criança chegou em casa.
"A bebê estava deitada vomitando. Eu falei que ela tinha caído no banho e fomos para o hospital", disse o padrasto.

Socorro

A mãe de Fabiane, a cuidadora de idosos Maria Isabel Claudino, de 22 anos, disse que saiu de casa, na quinta, para trabalhar às 7h e retornou por volta das 20h. Contou que foi ao quarto para dar um beijo na filha. Ao ver que a criança não se mexia e que havia vômito pela casa, desconfiou do marido. Michael, porém, alegou que a menina havia caído no banho.
O casal levou a menina para o Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica. Lá, Fabiane teve três paradas cardíacas. Ao ser avisado de que o estado de saúde da criança era gravíssimo e que era preciso levá-la para o Hospital Infantil, em Vitória, o padrasto desapareceu.
Às 22h, Fabiane deu entrada no hospital e foi entubada. Na manhã de sexta, a menina teve uma nova parada cardíaca e morreu às 11h.

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