Para uma família de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o dia 1º de maio é de muita dor. O estudante Bruno Mello Durange foi espancado durante uma discussão em um bar, em Vilar dos Teles, e morreu no domingo (30). O enterro estava marcado para às 13h desta segunda-feira. A polícia investiga quem espancou Bruno, de 28 anos.
“Não estou acreditando ainda, mas está caindo a ficha que eu vi minha mãe chorar. Ela perdeu um filha há dois anos e eu tenho de cuidar dela. Não é essa dor que eu quero sentir. Uma parte de mim foi embora nesse momento, agora está caindo a ficha. Não sei o que vai ser da minha vida, só quero justiça”, disse a mãe do estudante Lindaura Mello.
Bruno era estudante de administração. Sonhava ser policial civil. Ele morava na casa da mãe com a filha dele de 2 anos. A menina agora vai ser criada pela avó.
A dor dessa mãe começou na sexta-feira. Bruno saiu da faculdade e resolveu ir ao Floresta Bar, em Vilar dos Teles, São João de Meriti. O bar estava cheio. Depois de algumas horas ele e os amigos pediram a conta. E a família disse que foi aí que a confusão começou.
“O que fiquei sabendo é que meu filho reclamou da conta que deu alta. Ele levou uma cabeçada no nariz, saiu sangue e ele ficou furioso e caiu dentro dessa pessoa”, contou a mãe.
O irmão Caio Mello acrescentou: “Foi aplicado um mata leão ao meu irmão já no chão e ele perdeu os sentidos. Daí foi com taco, com chute. Pessoas que tentaram impedir, mas disseram que o dono do bar não deixou”.
Ele ficou muito machucado. Foi levado para o PAM e transferido para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Mas no domingo ele morreu.Nas redes sociais o dono do bar falou que estão querendo colocar fogo no local. E alertou que lá mora uma família com filho pequeno. O bar não abriu no sábado (29). Na internet, o dono repudiou atos de violência e disse que está sendo vítima de boatos.
"Usuários de redes sociais têm agido de forma irresponsável afirmando que o proprietário teria sido o agente causador das lesões em um dos clientes. Uma inverdade”.
Nesta segunda-feira, o bar continuava fechado e sem ninguém. No velório, amigos e parentes pediam respostas.
“É o mínimo para acalmar o coração daqueles que agora vão viver sem o Bruno”, disse uma parente.
A produção do RJTV também ligou para o Floresta Bar, mas ninguém atendeu. O caso está sendo transferido agora para a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A polícia disse que vai analisar imagens de câmeras de segurança e ouvir testemunhas ao longo da semana.
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