Angola, Colômbia e Peru encabeçam lista com 11 detentos cada.
Listas mostram nacionalidade e crimes dos estrangeiros presos; confira.
País do preso no RJ | nº de presos |
---|---|
África do Sul | 2 |
Alemanha | 3 |
Angola | 11 |
Argentina | 7 |
Bolívia | 2 |
Botsuana | 1 |
Brasileiro naturalizado | 3 |
Chile | 6 |
Colômbia | 11 |
Equador | 3 |
Espanha | 4 |
EUA | 1 |
Filipinas | 2 |
França | 3 |
Gana | 1 |
Guiana | 1 |
Guiné Bissau | 1 |
Holanda | 3 |
Islândia | 1 |
Itália | 1 |
Letônia | 6 |
Marrocos | 1 |
México | 1 |
Namíbia | 2 |
Nigéria | 1 |
Noruega | 1 |
Paraguai | 3 |
Peru | 11 |
Polônia | 1 |
Portugal | 6 |
Romênia | 5 |
Rússia | 1 |
Tailândia | 1 |
Uruguai | 3 |
Venezuela | 3 |
O polonês Stanislaw Galas, preso no domingo (31) por crimes como tráfico de drogas e falsidade ideológica, é o 114º estrangeiro que, atualmente, cumpre pena em alguma penitenciária do Rio de Janeiro, conforme levantamento da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Deles, 71 (ou cerca de 62%) respondem por alguma relação com o tráfico de drogas (veja na tabela abaixo).
Neste grupo de 71, ao todo 51 respondem por tráfico de drogas internacional: ou seja, tentaram entrar ou sair do país com drogas. Outros 12 foram presos por tráfico e há ainda 8 que respondem por associação ao tráfico. Crimes como estupro (1) e porte ilegal de arma (1) são os com menores incidência entre os "gringos".
Em apenas uma semana, o número total de presos estrangeiros saltou quase 10%: de 105 para 114, ainda segundo dados da Seap. Apesar do aumento rápido, o defensor público Felipe Almeida vê uma "linearidade" no número de estrangeiros acautelados. Segundo ele, o número tem ficado próximo de 100 nos últimos anos. A volatilidade, defende o especialista, depende dos processos de expulsão dos estrangeiros, que podem demorar meses ou anos.
"O crime do tráfico de drogas é, disparado, o de maior incidência. Muitas vezes, esses presos ou ficam [no Brasil] mais tempo do que a própria pena determina porque aguardam a autoridade consular viabilizar a saída ou acabam cumprindo o restante da pena no país de origem", salientou Felipe Almeida, que é coordenador do Núcleo do Sistema Penitenciário (Nuspen) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Peru, Colômbia e Angola lideram ranking
Dos detidos, Galas é o único de seu país. Entre eles, no entanto, há três nacionalidades que lideram o número de presos, com 11 pessoas: Angola, Colômbia e Peru (confira na lista ao lado). O motivo, ainda de acordo com o defensor público, é proporcional ao padrão traçado pelas principais quadrilhas do tráfico.
Dos detidos, Galas é o único de seu país. Entre eles, no entanto, há três nacionalidades que lideram o número de presos, com 11 pessoas: Angola, Colômbia e Peru (confira na lista ao lado). O motivo, ainda de acordo com o defensor público, é proporcional ao padrão traçado pelas principais quadrilhas do tráfico.
"Os angolanos têm a facilidade do idioma e também cumprem uma tradicional rota do tráfico no continente africano. Já Colômbia, Peru e Bolívia são os países campeões de produção da cocaína — embora a Bolívia tenha uma questão mais cultural em relação ao cultivo. Peru e Colômbia têm [nacionais] em grande incidência também por fazerem fronteira com o Brasil, o que facilita o ingresso deles", explicou.
Extradição de polonês depende do STF
Na delegacia, ao desembarcar do carro da polícia, o suspeito foi instruído por duas jovens, que seriam suas namoradas, a responder o que fosse perguntado. Quando Stanislaw entrou nas dependências da 74ªDP (Alcântara), uma delas alegou: "Ele é um ótimo ator".
Na delegacia, ao desembarcar do carro da polícia, o suspeito foi instruído por duas jovens, que seriam suas namoradas, a responder o que fosse perguntado. Quando Stanislaw entrou nas dependências da 74ªDP (Alcântara), uma delas alegou: "Ele é um ótimo ator".
No site da polícia internacional, o nome dele consta como Jan Jozef Galas Slowakiewicz e entre os crimes pelos quais estava foragido estão tráfico internacional de drogas, sequestro, roubo, falsidade ideológica, extorsão, lesão corporal. Sua sentença pode chegar 30 anos de prisão.
A polícia do Rio investiga se ele era responsável pela manutenção das armas de traficantes de várias comunidades. O suspeito negou envolvimento com traficantes e disse que se sustentava com a venda de roupas. À Polícia Militar, ele chegou a dizer que era ucraniano e se chamava Rikardo Talinowski. Segundo o coronel Fernando Salema, ele deu três nomes diferentes às autoridades.
Como o nome de Galas consta na Interpol, a Polícia Federal vai comunicar o governo polonês de sua presença no Brasil e caberá ao governo daquele país ingressar com pedido de extradição no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nenhum comentário:
Postar um comentário