Carlos Grevi
Decisão foi aprovada em assembleia realizada no dia 22 deste mês e já foi publicada
Profissionais do Setor de Transporte Coletivo de Campos vão cruzar os braços a partir da zero hora desta segunda-feira (29/09). A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (25/09) pelo advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Campos, Eraldo Gomes Duarte.
Segundo o advogado, a greve foi aprovada em assembleia realizada pela categoria na última segunda-feira (22/09). Os rodoviários estão reivindicando, entre tantas outras propostas, o reajuste salarial de 17%, plano de saúde, além de outros benefícios, como cesta básica e uniforme gratuito, já que atualmente a vestimenta é paga pelos funcionários.
“A data base da categoria é março, mas até agora os empresários não aceitaram nenhuma das reivindicações, que chegam a 15 itens, então decidiram por paralisar as atividades”, disse Eraldo acrescentando que a decisão já foi publicada e também comunicada através de ofício ao Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Sindicato Patronal, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal (GCM) respeitando a lei de greve que determina ampla comunicação num período de 72h que antecede a mobilização sindical.
“O sindicato patronal alega que a classe não recebe reajuste há sete anos, mas os funcionários não podem ficar
com
esse prejuízo. As empresas têm que buscar medidas para resolver o problema
com
o poder público, pois usar desse subterfúgio é inaceitável”, disse.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Roberto Virgílio, foi procurado pela equipe de reportagem do Site Ururau, mas a informação é de que o mesmo encontra-se viajando. O telefone dele estava na caixa de mensagem.
O setor de transporte de passageiros na cidade tem atualmente pouco mais de 1300 funcionários, entre motoristas, cobradores, mecânicos, lanterneiros e despachantes. Para motoristas, o vencimento salarial é de R$ 1688,67 e para cobrador é de R$ 931,65, desde 2013.
GREVE ANTERIOR
No início de março deste ano, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Campos chegou a entrar em estado de greve, com previsão de paralisar as atividades no dia 13, mas o movimento grevista foi suspenso depois que a juíza do trabalho Verônica Ribeiro Saraiva, da 1ª Vara do Trabalho, deferiu uma liminar em favor da Prefeitura onde determinava que 70% da frota do transporte coletivo deveria circular durante o movimento da categoria.
No início de março deste ano, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Campos chegou a entrar em estado de greve, com previsão de paralisar as atividades no dia 13, mas o movimento grevista foi suspenso depois que a juíza do trabalho Verônica Ribeiro Saraiva, da 1ª Vara do Trabalho, deferiu uma liminar em favor da Prefeitura onde determinava que 70% da frota do transporte coletivo deveria circular durante o movimento da categoria.
Os rodoviários recorreram da decisão com base na Lei n° 7.783/89 que determina que apenas 30% dos serviços sejam cumpridos durante a paralisação, e a greve teve início no dia 25 de abril.
No dia seguinte a Procuradoria Geral do Município ingressou com uma Medida Cautelar na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, com pedido liminar para que fosse reconhecida a irregularidade da greve dos rodoviários e a sua imediata suspensão, obtendo resultado favorável no dia 27.
Em protesto à decisão, a categoria realizou vários atos públicos, inclusive comfechamento da BR-101, e o movimento sindicalista voltou a ter fim após nova intervenção do Ministério Público do Trabalho, através da procuradora do trabalho em Campos, Sueli Teixeira Bessa, onde sindicado patronal e categoria obreira, continuassem as tentativas das negociações num espaço de um mês.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Campos (Setranspas), José Maria, na ocasião o órgão apresentou a dificuldade em atender as reivindicações da categoria, uma vez que estão sem reajuste tarifário há sete anos e que foi ajuizado no tribunal do Trabalho pedido de dissídio coletivo.
“Não deixamos de atender, estamos aguardando a decisão do tribunal para saber qual o percentual será dado aos trabalhadores. Na ocasião o que foi pedido foi considerado alto e as empresas não tiveram como arcar com o reajuste, Não podemos fazer nada enquanto não sair essa decisão”, explicou José Maria acrescentando que acha a greve uma decisão indevida.
LICITAÇÃO
O município de Campos iniciou em maio deste anoprocesso licitatório para atender ao setor de Transporte Coletivo com objetivo de colocar 383 ônibus que circulam no município.
O município de Campos iniciou em maio deste anoprocesso licitatório para atender ao setor de Transporte Coletivo com objetivo de colocar 383 ônibus que circulam no município.
Para o processo, conduzido pela Comissão Permanente de Licitação (CPL) foram criado três lotes de acordo com o edital 001/13. O lote 1 contempla toda região Guarus, que compreende todos os bairros da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul e os distritos de localidades de toda a região Norte do município. O lote 2, compreende os bairros Bela Vista, Jóquei Clube, Penha, IPS, Bandeirantes e bairros adjacentes na região de Guarus.
Já o lote 3 abrange os bairros da região do Shopping Estrada, Tapera, Lagoa de Cima e região Serrana de Campos. Este teve proposta de preço no valor de R$ 2,75 da empresa Rogil classificada após análise por parte da CPL.
O resultado dos lotes 1 e 2 ainda não foram divulgado. A equipe de reportagem doSite Ururau tentou contato por telefone com o presidente do IMTT, Álvaro Oliveira, para saber mais informações sobre o processo licitatório, mas não obteve êxito. Também encaminhou uma solicitação de resposta para a Secretaria de Comunicação de Campos e aguarda resposta.
Publicidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário