quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Corregedoria nega pedido para apurar patrimônio de comandante



Comandante-geral da PM e integrantes do Estado-Maior são investigados.
Patrimônio de ex-comandante de tropas de elite passa R$ 4 milhões.

Do G1 Rio
A Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro não aceitou o pedido do Ministério Público de abertura de uma sindicância patrimonial contra o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel José Luís Castro Menezes e outros integrantes do Estado-Maior da corporação, nesta quarta-feira (24). O secretário José Mariano Beltrame justificou que tem confiança na alta cúpula da PM.

"Nós estamos trabalhando a investigação não trerminou. Nós somos os maiores interessados em fazer isso. Nós vamos procurar junto ao judiciário mais elementos", disse o secretário.

O Ministério Público identificou pelo menos três imóveis de luxo que pertencem ao coronel Alexandre Fontenelle, ex-comandante das tropas de elite da PM que foi preso semana passada, acusado de chefiar um esquema de propina na região do 14º BPM (Bangu). Como mostrou o Bom Dia Rio nesta quarta-feira (24), os promotores do caso pediram na terça-feira que a Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Estado de Segurança, investigue também o patrimônio do atual comandante-geral da PM, coronel José Luís Castro Menezes, e de todo o Estado Maior da Polícia Militar, a cúpula da corporação.
O patrimônio encontrado pelos promotores está avaliado em pelo menos R$ 4 milhões. A lista de imóveis inclui uma casa de praia 
com
piscina, uma cobertura com mais de 300 metros quadrados e um outro apartamento. Segundo o Ministério Público, Alexandre Fontenelle é o dono de tudo, mas o nome dele só aparece na casa da Praia Rasa, em Búzios, na Região dos Lagos.

De acordo com as investigações, um dos imóveis fica no Grajaú, Zona Norte, e no papel pertence a uma irmã dele. O imóvel de cobertura em fica em Jacarepaguá, na Zona Oeste, e tem 3 proprietários na escritura: a mãe de Fontenelle e dois oficiais presos, major Carlos Alexandre Lucas e o capitão Walter Conchone Netto. Ainda segundo investigações, o último  salário líquido de Fontenelle era de R$ 17 mil.
A CGU abriu um processo administrativo disciplinar e uma sindicância patrimonial contra o comandante da PM, coronel José Luís de Castro Menezes, o chefe do Estado Maior operacional da corporação, coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, e o chefe do Estado Maior administrativo, coronel Ricardo Coutinho Pacheco.

A alta cúpula da PM foi denunciada como beneficiária de um suposto esquema de cobrança de propina durante o depoimento de um policial que aceitou contar como eram feitos os pagamentos. O depoimento ocorreu nos dias 15 e 16 de setembro. O policial que fez a denúncia disse que começou a participar do esquema de cobrança de propina em 2010, quando trabalhava na unidade de trânsito no batalhão de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio.

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