domingo, 31 de agosto de 2014

Caso Gigi: familiares de idosa queimada esperam que seja feita justiça


Cati Giane Rodrigues Simão estava foragida há mais de um ano
 Reprodução

Cati Giane Rodrigues Simão estava foragida há mais de um ano

“Tive a notícia mais feliz da minha vida, pois já não tinha esperança de que ela fosse ser presa”. Foram com essas palavras que o filho da idosa, Maria Rangel Rodrigues, 86 anos, que morreu no dia 13 de julho do ano passado expressou sentimento de justiça após saber que a principal suspeita do crime, a cuidadora Cati Giane Rodrigues Simão de Almeida, mais conhecida como Gigi havia sido presa no último dia 19 deste mês em São Paulo.
Pedro Carlos Rodrigues da Silva, de 62 anos, é o filho mais velho de Maria Rangel. De acordo com ele, agora que Gigi está presa, as chances de que a justiça seja feita são maiores. “A prisão dela veio para nos confortar. Sabemos que não vai trazer mamãe de volta, mas é preciso fazer justiça”, disse Pedro que tem outros 11 irmãos e conta com o auxilio da Defensoria Pública no caso.
“Queria muito olhar para essa mulher e perguntar por que fez isso com a minha mãe. Ela (mãe) era tão boazinha, não dava trabalho algum. Um dia antes de isso acontecer estive com ela, penteie-lhe os cabelos, estava tão serena” completou Pedro já com a voz embargada.
A idosa Maria Rangel foi encontrada por uma filha com o rosto e a cabeça queimados no dia 28 de junho, após ter ficado em companhia da cuidadora por dois dias: sábado e domingo. Na ocasião, a anciã chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu e morreu dias depois. Maria morava na localidade de Santa Cruz, em Campos, e esteve em uma cadeira de rodas por seis anos em consequência de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A PRISÃO 
Cati Giane foi presa depois de ser reconhecida através de uma fotografia do Disque Denúncia. Segundo Polícia Civil da 134ª Delegacia Legal de Campos, ela estaria em um cortiço na Rua dos Gusmões, na Praça da Sé no centro da capital paulista, quando foi localizada pelos policiais.
A cuidadora, que também tem um mandado de prisão por tortura, foi encaminhada à Polinter de São Paulo e se encontra a disposição da Justiça. De acordo com as informações na 134ª, cabe ao Poder Judiciário a transferida ou não para a capital fluminense, e posteriormente para Campos, onde o crime foi cometido.
“A delegacia de São Paulo nos comunicou por telefone sobre a prisão da Gigi. A denúncia era de que ela estava andando pelas proximidades da Praça da Sé. Populares que a identificaram através da imagem fornecida pelo Disque Denúncia a viram e entraram em contato com a Polícia. Ela poderá ou não ser transferida para o Rio. Se for, o juiz marcará a audiência e irá oficiar o sistema do Seap [Secretaria de Estado de Administração Penitenciária] para transferência da acusada ao Presídio Feminino de Campos”, esclareceu o agente civil.
Ao ser presa Gigi afirmou que não sabia da morte de Maria Rangel. Ela também alegou que as queimaduras foram causadas por água do chuveiro. Segundo ela, a instalação de água era distante do banheiro e que às vezes a água ficava muito quente. Ela também disse que as queimaduras pareciam que a idosa “havia tomado um banho de sol forte”.
Na delegacia, Cati Giane também mencionou que não fugiu e que foi dispensada. “Eu fiquei chocada quando me falaram que eu estava sendo acusada de um monte de coisas, que estava sendo procurada. Eu nunca fui presa por nada, eu não tenho vício nenhum, eu sou trabalhadora”, defende-se Gigi.
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Fonte: URURAU

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