Arquivo / Vagner Basilio
Atendimento ao público nas agências bancárias serão suspensos durante mobilização
Começa nesta terça-feira (29/05) a greve unificada dos mais de 50 mil vigilantes, dos 13 sindicatos do Estado do Rio de Janeiro. A categoria reivindica reajustes salariais, plano de saúde e outras melhorias, como ticket alimentação e jornada de trabalho de 44 horas semanais. A mobilização é por tempo indeterminado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes (Sindivig) de Campos, Luis Carlos Rangel da Rocha, a proposta apresentada até o momento pelo Sindicato Patronal (Sindesp/RJ) é de 7% de reajuste no salário, já embutida a inflação e com o ticket alimentação passando de R$ 10 para R$ 13, mas a categoria recusou.
"Não recebemos nenhuma contraposta após essa tentativa de negociação feita com o sindicato patronal e o Ministério do Trabalho. Ela foi recusada, pois não atende ao que a categoria esta reivindicando. Os patrões estão irredutíveis", disse Luís Carlos Rocha acrescentando que a proposta desagrada ainda mais os vigilantes, pois os patrões incluíram uma clausula, a ser assinada pela categoria, de vigilantes horistas, com cinco horas trabalhadas, o que reduziria o salário para R$ 570. O salário atual do vigilante é de R$ 987.
A proposta inicial da Federação dos Vigilantes do Rio de Janeiro com os 13 sindicatos unidos [a união da categoria foi definida na reunião do dia 18 de dezembro na sede da Federação] pede reajuste salarial de 10%; jornada de trabalho de 44 horas semanais; desconto do ticket de 20% para 5%; plano de saúde para os seguranças e seus dependentes e aumento do ticket alimentação para R$ 20. A data base dos vigilantes é março.
Em Campos, o chamado para a greve aconteceu às 20h durante reunião realizada na Praça São Salvador, onde foram traçadas as ações de trabalho a serem executadas nos próximos dias de mobilização. “Vamos estar nas ruas chamando os vigilantes para aderirem ao movimento que é de todos, mas claro que o reflexo é maior das agências, pois os vigilantes bancários são maioria”, ressaltou o presidente do sindicato.
A paralisação dos vigilantes interfere diretamente no atendimento ao público nas agências bancárias. Em Campos, o presidente do Sindicato dos Bancários, Hugo Diniz, disse em entrevista ao Site Ururau que por determinação da Polícia Federal, os bancos ficam impedidos de funcionar sem vigilantes. Sendo assim, segundo ele, enquanto perdurar a greve, não haverá expediente ao público, ficando o atendimento limitado apenas aos caixas eletrônicos.
“Só lembrando que os bancários vão trabalhar normalmente, mas não haverá atendimento aos clientes por falta de segurança”, ressaltou.
Publicidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário