Carlos Grevi
Já são quatro dias de greve geral e mais de 96 horas descumprindo liminar
A greve geral dos rodoviários continua. Já são quatro dias parados e mais de 96 horas descumprindo a liminar que decretou fim imediato do movimento. Na manhã desta quarta-feira (30/04) um novo protesto parou o trânsito no Centro da cidade, causando um verdadeiro caos.
Revoltados com especulações de que o movimento grevista estaria sendo motivado pelos empresários e até mesmo partidos políticos, os trabalhadores bloquearam o trânsito na Avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão) e a Avenida Alberto Torres.
O motorista de um dos ônibus, que fazia a linha Cambuci/Campos e pararia, com cerca de 40 passageiros, na Rodoviária Roberto Silveira, disse que não houve o que fazer.
“Eles pararam o ônibus e disseram que a gente não iria passar. A sorte é que já chegamos e daqui cada um vai poder ir para o seu destino.”, contou.
“Eles pararam o ônibus e disseram que a gente não iria passar. A sorte é que já chegamos e daqui cada um vai poder ir para o seu destino.”, contou.
Um representante da empresa que esteve no local, e não quis se identificar, contou que quando os coletivos passam por localidades que são atendidas somente pelos ônibus, sem a atuação do transporte alternativo, e algum passageiro vai descer as pessoas se aglomeram em frente ao ônibus e não há como negar a condução.
Com a chegada da PM, os manifestantes concordaram em liberar parte do trânsito e as lideranças do movimento, que não contou com a presença de integrantes da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros de Campos, se comprometeram a identificar os manifestantes que estavam cometendo os atos de vandalismo contra os coletivos e também soltando bombas no local.
Durante toda a manifestação dos trabalhadores nas proximidades do Sindicato, o presidente, Roberto Virgílio esteve dentro da sede. Perguntado sobre os rumos da manifestação se ateve a dizer que o movimento permanece e que uma reunião foi agendada na Câmara.
“Está tudo como antes. A Câmara disse que vai nos receber, mas só na segunda ainda”, disse o Virgílio.
Após o ato sob a Ponte Leonel Brizola, os trabalhadores seguiram em passeata pela Beira-Valão até a frente da sede da prefeitura do município, bloqueando parte da Avenida Nilo Peçanha, ficando a cargo da Guarda civil Municipal o desvio e o controle do trânsito no local.
“O que a gente quer é resolver o problema. A gente precisa que eles façam uma comissão para conversarmos e deixar claro as questões. Se eles formarem a comissão, vamos recebê-los hoje mesmo”, garantiu Mauro Silva.
Com a chegada de Roberto Vírgílio, foi iniciada uma reunião na sede da prefeitura com os representantes das empresas, presidente do IMTT, Álvaro Oliveira, secretário de Comunicação Social, Mauro Silva, entre outros representantes do governo.
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