terça-feira, 14 de outubro de 2014

Rodoviários cedem e paralisação de 24h termina no final da tarde


Algumas empresas estariam sem efetuar o pagamento do mês de setembro
 Daniela Abreu / Carlos Grevi

Algumas empresas estariam sem efetuar o pagamento do mês de setembro

Depois de uma manhã de reuniões, trabalhadores rodoviários decidiram que aparalisação de 24h iniciada à meia noite desta terça-feira (14/10) será encerrada no final desta tarde.
A equipe do Site Ururauentrou em contato com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Campos, Roberto Virgílio, que confirmou a informação.
“A população não tem culpa desta paralisação e não pode ser punida. Muitas pessoas precisam chegar ás suas residências e com a falta de ônibus fica difícil. Conversamos com os funcionários e ficou decidido que a paralisação iniciada hoje chegará ao fim no final da tarde”, disse o presidente ressaltando a denúncia de que o sindicato não estaria se mobilizando para um possível acordo.
“Temos uma liminar de que 60% da frota precisa estar em circulação, e isso não pode ser descumprido. Todos foram avisados e diversas reunião são feitas com o objetivo de apoiar a classe e esclarecer aos funcionários”, disse Roberto.
A greve dos rodoviários chegou ao 15° dia e para chamar a atenção de autoridades, os profissionais optaram por fazer uma paralisação de 24h iniciada à meia noite, desta terça-feira.
Os profissionais denunciam que os sindicatos, tanto dos Rodoviários quanto das Empresas, não estão se mobilizando para tentar chegar a um acordo que beneficie os profissionais. Além disso, algumas empresas estariam sem efetuar o pagamento do mês de setembro.
Os trabalhadores estavam cumprindo liminar judicial, que determinava que 60% dos trabalhadores de cada empresa estivessem em atividade plena. Mas segundo funcionários da empresa São João, não é isso que está acontecendo. Os profissionais denunciaram à equipe do Site Ururau, que 60% da frota é que está indo para as ruas, contrariando a liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
“Estão trabalhando até mais de 60% dos funcionários”, afirmou um motorista que não quis se identificar por medo de represálias.
Mesmo achando a causa justa, nem todos os trabalhadores aderiam à paralisação desta terça. Pelo menos não por vontade própria, segundo os funcionários da empresa Turisguá. Eles contaram que cerca de dez ônibus que saíram para rodar nas primeiras horas da manhã, tiveram que voltar para a garagem porque os motoristas foram coagidos por profissionais de outras empresas à aderirem ao movimento. Os funcionários também afirmaram que foram impedidos de sair com os carros e até a Polícia Militar foi chamada para garantir a segurança dos trabalhadores.
De acordo com os profissionais, só quem sai lesado com a paralisação e a greve são os estudantes e idosos, porque os demais usuários são atendidos pelo transporte alternativo, ainda que as vans estejam com excesso de passageiros.
A categoria reivindica reajuste salarial de 17%, plano de saúde, além de outros benefícios, como cesta básica e uniforme gratuito, já que atualmente a vestimenta é paga pelos funcionários.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Trasporte de Passageiros (Setranspas) de Campos afirmou que “não foi informado pela representação sindical dos profissionais rodoviários sobre qualquer paralisação, que estaria prevista para acontecer no dia 14 de outubro. O Setranspas considera a suposta iniciativa incoerente, já que há uma determinação judicial para que 40% da frota circulem desde o início da greve dia 29 de setembro.
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Fonte: URURAU

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