Grandes incêndios destroem parques florestais no RJ, há 14 dias sem chuva

Segundo ministra, área de 700 campos de futebol foi queimada na Serra.
Isabella Teixeira disse que, neste sábado, combate ao fogo terá reforço.

Do G1 Rio

Um grande incêndio, que já dura 10 dias, está destruindo áreas de preservação ambiental nas Região Serrana e Sul. De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma área equivalente a quase cinco mil campos de futebol foi destruída. A situação mais grave é no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, nos municípios de Petrópolis e Teresópolis, como mostrou o RJTV nesta sexta-feira (17).

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Cerca de 200 bombeiros estão mobilizados no combate aos focos de incêndio. As Forças Armadas dão apoio, com dois helicópteros. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o incêndio no Parque da Serra dos Órgãos começou de maneira criminosa. Os fiscais do Instituto apreenderam um equipamento que foi usado para provocar a queimada. Nesta sexta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve no parque da serra dos órgãos.

Ela sobrevoou a região de Teresópolis e Petrópolis e afirmou que, neste sábado, chegarão reforços para combater as chamas. De acordo com ela, uma área equivalente a 700 campos de futebol foi destruída no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Sul Fluminense
As queimadas também atingiram Resende, no Sul Fluminense, onde já destruíram uma área equivalente a mais de cem campos de futebol, no Parque Estadual da Pedra Selada.

De acordo com os bombeiros, o número de incêndios em vegetações no estado quase dobrou, em comparação ao ano passado. A falta de chuva contribui para que as chamas se espalhem. O Inmet informou que, no estado do Rio, a estiagem já dura 14 dias e que, no mês de outubro, mais de 90% das cidades do estado tiveram volume de chuvas abaixo do esperado.

Uma delas é São Fidélis, no Norte Fluminense, onde o Rio Paraíba do Sul está com um nível dois metros abaixo do normal, o pior índice em 90 anos. A seca matou animais e deixou muita gente sem água.

O mesmo aconteceu em Barra do Piraí, por onde também passa o Rio Paraíba do Sul. De acordo com a Cedae, se a estiagem continuar nos próximos 30 dias, algumas regiões do estado podem ter abastecimento de água prejudicado. A companhia apenas informou que isso iria ocorrer em pontos localizados em ruas mais altas, sem dar detalhes de onde ficam esses locais. A Cedae ainda declarou que não há risco de falta d'água na Região Metropolitana.