sexta-feira, 4 de abril de 2014

POLICIA E SAÚDE DE CAMPOS DESMENTEM BOATO DO FALSO TESTE GLICÊMICO


Mensagens que circulam no whatsapp e redes sociais tem causado alarde na população
 Thiago Macedo

Mensagens que circulam no whatsapp e redes sociais tem causado alarde na população

Uma mensagem está circulando no WhatsApp e e-mail dizendo o seguinte: "Se vocês forem ao Centro e por ventura alguém lhe abordar e pedir para fazerem a medição da glicose, denuncie, pois esta pessoa está passando o vírus do HIV! Ela está vestida como enfermeira. Repassem para os contatos de vocês! A Vigilância Sanitária que mandou e a PM", tem tirado o sono de muitos campistas.
Site Ururau conversou com o comando do 8º Batalhão de Polícia Militar e com a Secretaria Municipal de Vigilância Sanitária que disseram desconhecer o conteúdo da mensagem. Para os dois órgãos a informação é inverídica, e não passa de um boato.
“A Polícia Militar não recebeu nenhuma notificação ou denúncia sobre o caso, isso é um boato”, disse o comandante do 8º BPM, Antônio Carlos Sabino, acrescentando que a população, caso venha sofrer esse tipo de abordagem, que denuncie imediatamente para que a polícia reprima esse tipo de crime. O telefone do disque-denúncia é (22) 2731-1177 ou 190.
A Vigilância Sanitária de Campos (VISA) desmente o boato de que teria enviado um comunicado à Polícia Militar sobre uma falsa enfermeira, que estaria no Centro da cidade espalhando o vírus do HIV, por meio de seringa contaminada.
De acordo com o gerente da VISA, Elden Pereira, a falsa história teria começado em Vitória (ES) e rapidamente teria se espalhado para outras partes do país. “Aproveitando esse boato, oportunistas resolveram amedrontar moradores de um bairro de Campos, nesta quinta-feira (03/04). Quem se sentir ameaçado deve ligar para (22) 2725-0475, para que possamos entrar com ação imediata, pois temos poder de polícia administrativa e podemos punir e prender quem estiver colocando a saúde da população em risco”, disse o gerente.
O vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, afirmou que o órgão não fez nenhum comunicado à Polícia como afirmam as mensagens, assim como não recebeu denúncias relacionadas à doença e ao fato. “Ressalto que os exames de saúde devem ser realizados em postos de saúde ou em eventos da Prefeitura, nos quais enfermeiros e outros profissionais são adequadamente identificados”, explicou o vice-prefeito.
O infectologista e diretor de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, explicou que apesar de boato, é possível a contaminação e orienta a população quanto aos cuidados que devem ser tomados também no dia a dia.
"É possível sim transmitir o HIV, já que as formas atualmente descritas de transmissão são por sexo sem proteção, compartilhamento de seringas, materiais perfuro-cortantes infectados e transfusão inadequada (menos comum atualmente). O Ministério da Saúde recomenda em todos esses casos a avaliação criteriosa dos expostos a fim de se procurar o HIV”, disse Chabell acrescentando que:
“A chance de transmissão do HIV nesses casos de materiais perfuro-cortantes é baixa, cerca de 0,34%, mas existe. Porém, não devemos nos esquecer da alta transmissão de hepatite B e C por esses materiais, com taxa de até 40%. Ficamos focados em HIV e esquecemos desses vírus, contra os quais existe vacina, como para a hepatite B. Todos devem tomar. Agora, ao ficarmos muito estressados com esse boatos, nos esquecemos das atividades de manicure, por exemplo, pelas quais se pode sim transmitir também. Por isso, todos os instrumentos utilizados por elas devem ser esterilizados. O vírus resiste poucas horas na seringa, não sobrevive por muito tempo", alertou Charbell. 



Fonte: URURA
U

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