Ex-governador diz que, se for eleito, vai promover revisão das concessões do estado
Pré-candidato ao governo do Rio pelo Partido da República (PR), o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho anunciou, durante reunião na noite desta terça-feira com moradores da Zona Norte do Rio, que, se for eleito, vai promover o projeto de revisão das concessões do estado. Ele citou nominalmente três concessionários que foram favorecidos pelo que chamou de “negociatas do governo Cabral”, a Supervia, a Rota 116 – rodovia que liga Itaboraí a Macuco, passando por Nova Friburgo – e o consórcio que administra o Maracanã.“Vejam o caso dos trens. A Supervia presta um péssimo serviço à população. Em vez de ser punida, ganha mais 28 anos de concessão só porque a mulher do ex-governador (Sérgio) Cabral é advogada da empresa, isso é uma vergonha”, afirmou Garotinho.
O ex-governador citou também o caso da Rota 116, que tem quatro pontos de pedágio em 138 quilômetros de extensão ao preço de R$ 4,50 (em cada ponto) para carro de passeio e R$ 9 para ônibus e caminhões.
“O contrato original previa que a concessionária Rota 116 seria obrigada a fazer o contorno de Nova Friburgo em contrapartida à cobrança do pedágio. No entanto, a empresa foi desobrigada a fazer a obra mas as praças de pedágio continuam lá. Aí tem maracutaia”, alfinetou Garotinho.
Em um determinado momento da reunião com os moradores da Zona Norte do Rio, o pré-candidato do PR ao governo do Rio perguntou aos moradores quem seria o maior acionista da Rota 116 e respondeu em seguida: “(Fernando) Cavendish, dono da Delta, aquele que foi dançar com guardanapo na cabeça com Cabral em Paris.”
Dizendo se indignado com a falta de fiscalização do estado e das agências controladoras que, segundo Garotinho, “viraram cabides de emprego”, o ex-governador – que pretende voltar ao Palácio Guanabara – criticou também a obra do Maracanã.
“O Maracanã custou ao estado R$ 1,5 bilhão para depois da obra Cabral com sua concessão dar o estádio para o amigo dele, Eike Batista. Vamos entrar na justiça e anular essa concessão”, ameaçou Garotinho, que acrescentou que “Cabral e Pezão promoveram as maiores negociatas da história do estado do Rio envolvendo grandes empresários e empreiteiros. Vai ser tudo revisto. O povo não pode pagar a conta de um governo desonesto e incompetente”.24 horas
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