O jovem Christian Cunha foi condenado a cumprir 15 anos de prisão pela morte da ex-namorada Bárbara Richardelle, que ocorreu em 2014. O júri popular aconteceu na tarde desta quinta-feira (30), no Fórum de Vila Velha. Prisão será em regime fechado. O acusado já havia confessado o crime.
O crime ocorreu no dia 17 de março de 2014 e teve grande repercussão no estado. Bárbara foi assassinada dentro do canteiro de uma obra em Vila Velha e o próprio Christian confessou que depois disso ainda comeu um churrasquinho ao lado do corpo. Depois disso, o acusado abandonou o corpo às margens da Rodovia Darly Santos, no mesmo município.
De acordo com a polícia, Bárbara estava com sinais de estrangulamento, com o olho roxo e uma lesão na cabeça. Christian afirmou em depoimento que motivo do crime foi o vazamento de fotos seminuas da jovem na internet.
Chateada pelas imagens terem ido parar nas mãos de desconhecidos e alegando que só havia enviado as fotos para o namorado, Bárbara terminou o relacionamento. Após isso, os dois começaram a discutir frequentemente, até que Christian decidiu realizar o crime.
Mais de dois anos depois, o júri popular condenou Christian Cunha por assassinato por motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima, pois Bárbara foi morta por estrangulamento e golpes de cavadeira.
Pai de Christian
“Não há justiça sem respeito à lei”, disse o pai do jovem. Carlos Eduardo Azevedo Cunha pediu perdão pelo filho, mas também fez um apelo para que as pessoas tenham compaixão com a família dele.
“Não há justiça sem respeito à lei”, disse o pai do jovem. Carlos Eduardo Azevedo Cunha pediu perdão pelo filho, mas também fez um apelo para que as pessoas tenham compaixão com a família dele.
Em nota enviada, o pai de Christian disse que pensa sempre na dor da mãe de Bárbara. “Ao contrário da opinião de muitos, me importo sim e muito com os sentimentos da mãe de Bárbara... Penso na dor desta mãe todos os dias. Sinto vontade de dar uma abraço nela e pedir perdão pelo meu Filho mesmo que ela não o perdoe”, lamentou.
Poucos dias após o crime, Carlos Eduardo já havia se manifestado para que fosse “feita justiça” e falou que, se depender dele, o filho “vai pagar pelo que fez”.
Mesmo assim, durante o apelo desta quinta-feira, o pai do acusado pediu menos julgamento da sociedade. “Durante os últimos dois anos, a sociedade julgou e condenou meu filho da mesma forma irracional que possivelmente ele agiu no momento do crime. Não podemos nos igualar”, falou.
Carlos Eduardo declarou que o filho se arrepende do que fez. “Eu e ele debatemos muito isso e o arrependimento dele está nítido, porém, o arrependimento é importante mas não trará a Barbara de volta”, disse.
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