Foi divulgado na noite desta segunda-feira (27) pelo Portal dos Procurados um cartaz com as fotos de dois dos envolvidos no resgate ao traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, no Hospital Souza Aguiar, no Rio. Neversino Garcia de Jesus, o Garcia do Vidigal e Marcos Vinicius Ferreira da Silva, o MV, são considerados foragidos.
A prisão preventiva dos dois criminosos foi decretada nesta segunda juntamente com a de Fat Family e de outros dois suspeitos de tráfico que já estão detidos: Fabiano Juvenal da Silva, o Jabá, e Luiz Alberto Araújo da Silva, o Bolão. Os cinco partiparam de uma troca de tiros com policiais, em 13 de junho, durante ação em que três deles foram presos, no Morro Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio.
Seis dias depois, Fat Family, baleado e detido na operação, foi resgatado do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, em ação que deixou um morto e dois feridos. Segundo divulgação do Portal dos Procurados, Garcia do Vidigal e MV também estiveram envolvidos no resgate.
Os cinco que tiveram a prisão preventiva decretada foram indiciados pelos crimes de tentativa de homicídio, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de uso restrito. De acordo com a polícia, MV é apontado como responsável por planejar e liderar o grupo que resgatou Fat Family.
Fat Family, Nezinho e Marcus Vinícios estão foragidos e a polícia segue fazendo operações para encontrar a quadrilha.
Na decisão, o juiz Carlos Gustavo Vianna Direito destacou que os criminosos são de "alta periculosidade" e proporcionaram "verdadeiras cenas de terror no Hospital Souza Aguiar".
“A prisão preventiva se faz necessária para garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e para o bom andamento da instrução processual, a qual poderá ser influenciada caso os acusados fiquem soltos. Ressalte-se que a segregação cautelar dos acusados trará maior segurança à sociedade, tendo em vista que se tratam de criminosos de alta periculosidade que proporcionaram verdadeiras cenas de filme de terror no Hospital Souza Aguiar, que culminou, inclusive, com a morte de um paciente que aguardava atendimento, conforme amplamente divulgado pela mídia”, destacou o magistrado.
O resgate
Baleado na cabeça e preso no dia 13, Fat Family estava sob custódia no Hospital Souza Aguiar até a madrugada do dia 19. Mais de 20 homens armados invadiram a unidade de saúde na madrugada, renderam funcionários e conseguiram fugir.
Baleado na cabeça e preso no dia 13, Fat Family estava sob custódia no Hospital Souza Aguiar até a madrugada do dia 19. Mais de 20 homens armados invadiram a unidade de saúde na madrugada, renderam funcionários e conseguiram fugir.
Na fuga, houve tiroteio com um PM que chegava levando um amigo para ser atendido. Os dois foram baleados. O policial ficou ferido e o vigiliante da SuperVia Ronaldo Luiz Marriel de Souza morreu – o enterro foi no dia 20. Um técnico de enfermagem também foi ferido na ação e está internado, em estado grave.
Um áudio divulgado no Jornal Nacional (veja no vídeo abaixo) revela o pânico vivido por funcionários do Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, durante a a invasão de mais de 20 criminosos para resgatar um traficante, no domingo (20). A médica diz que foi preciso se esconder e que nunca viu tanta violência (ouça no vídeo acima).
"Teve granada, metralhadora, muito tiro e a gente ficou impossibilitado de sair. Fiquei tão amedrontada que eu fiquei debaixo da maca. Nunca presenciei tamanha violência, tamanho terror. Muito medo", relatou a médica, que não teve a identidade revelada, por segurança.
Polícia sabia de plano
A polícia informou que tinha conhecimento do plano para invadir o hospital e resgatar Fat Famili, que comanda o tráfico de drogas no Santo Amaro, comunidade na Zona Sul do Rio. É o que mostra um relatório feito trinta horas antes do ataque.
A polícia informou que tinha conhecimento do plano para invadir o hospital e resgatar Fat Famili, que comanda o tráfico de drogas no Santo Amaro, comunidade na Zona Sul do Rio. É o que mostra um relatório feito trinta horas antes do ataque.
O traficante aguardava para ser operado no Souza Aguiar já que os hospitais penitenciários não realizam cirurgias. Um hospital de campanha foi criado em Bangu após o crime.
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