Petroleiros: federação rejeita proposta da Petrobras e greve continua
Luiz Bispo/Sindipetro-NF
Nesta segunda-feira cerca de quatro mil trabalhadores fizeram um ato em Macaé
A greve dos petroleiros continua já que a Federação Única dos Petroleiros (FUP) não aceitou a proposta apresentada pela Petrobras, depois de uma rodada de negociações nesta segunda-feira (21/10). Para esta terça-feira (22/10) esta prevista uma nova reunião entre a FUP e a empresa petrolífera.
Pela manhã funcionários e terceirizados da Petrobras realizaram um ato na frente do Parque dos Tubos, em Macaé. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) quatro mil pessoas compareceram ao protesto.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 16,53%, além de melhorias em saúde, segurança, criação de um fundo garantidor para terceirizados, mudanças no pagamento de horas extras e auxílio-farmácia, entre outros itens.
A Petrobras ofereceu até agora um aumento de 6,09% (IPCA) no salário-base, além de 7,68% na Remuneração Mínima por Nível e Regime e um abono equivalente a uma remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior.
“Foi oferecido reajuste de ganho real de 1,8%, mas as causas de segurança e do fundo de garantia aos terceirizados não foram satisfatórios, por isso vamos manter a greve por tempo indeterminado até que sejam realizadas novas negociações”, disse o coordenador Sindipetro-NF, José Maria Rangel.
Nesta terça-feira a FUP realiza mais uma rodada de negociação com a Petrobras, além da realização de um Conselho Deliberativo da FUP, reunindo representantes de todos os sindicatos filiados à federação.
Apesar da força da greve nacional dos petroleiros e das diversas manifestações e mobilizações que a categoria realizou pelo país junto com os movimentos sociais, o Governo Federal concluiu nesta segunda-feira, o primeiro leilão do regime de partilha, entregando às multinacionais Shell e Total Elf 40% do campo de Libra e 20% às petrolíferas chinesas CNPC e CNOOC. A Petrobrás, que descobriu Libra, o maior campo de petróleo da atualidade, ficará com 30% do óleo produzido. O excedente de petróleo ofertado à União será o mínimo de 41,65% previstos na licitação.
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