quarta-feira, 23 de outubro de 2013

PROFESSORES MUNICIPAIS REVINDICAM E SÃO IMPEDIDOS DE ENTRA NA CÃMARA DE CAMPOS

Professores municipais reivindicam e são impedidos de entrar na Câmara

Grupo que chegou a entrar decidiu sair depois da decisão anunciada
 Mauro de Souza

Grupo que chegou a entrar decidiu sair depois da decisão anunciada

A Audiência Pública que deu início a discussão do orçamento do município de Campos para o exercício do ano de 2014 aconteceu sob o protesto de professores municipais em frente a Casa de Leis. Os profissionais da Educação foram em grande número para a frente da Câmara, mas não foram autorizados a participar da sessão na tarde desta terça-feira (22/10).
Com a decisão os professores ficaram revoltados e por volta das 15h30 houve uma grande confusão, quando alguns docentes que conseguiram entrar no plenário tentaram sair e não conseguiram. O vereador Marcão (PT) tentou acalmar os ânimos, mas manifestantes tomaram o microfone das mãos dele. Os vereadores de oposição não participaram da audiência, eles disseram que a atitude foi em solidariedade aos professores. “Como o povo não pode entrar na casa do povo nós viemos nos solidarizar com eles”, disse Marcão.
Manifestantes que queriam a saída das pessoas que estavam dentro da Câmara chegaram a chutar as portas da Casa e um grande tumulto se formou. Seguranças da Câmara chegaram a intervir, mas nada adiantou.
Após o tumulto, as portas foram abertas e as pessoas puderam sair da sessão. 
A Câmara tem até o dia 15 de dezembro para votar o orçamento para o próximo ano, por isso vai realizar audiências públicas para ouvir as propostas da sociedade civil organizada em diversas áreas.
Os professores queriam aproveitar a audiência desta terça-feira para fazer algumas reivindicações, como, por exemplo, o aumento de 100% do piso salarial, que hoje é de R$ 1.327,76. Eles também querem um aumento de 40% na regência, aprovado na Câmara em 10%. 
A manifestação terminou às 16h nas escadarias da Câmara e os professores foram para a Praça do Liceu, onde foi realizada uma assembleia. A categoria marcou uma reunião do Comando de Mobilização dos Educadores de Campos em Luta para esta quarta-feira (23/10), às 18h, na Universidade Federal Fluminense (UFF) e, no mesmo horário, uma assembleia será realizada na quinta-feira (24/10), no Instituto Federal Fluminense (IFF) campus Centro, onde discutirão se irão ocupar ou não a sede da Prefeitura. 
A professora Maria Elena Mendes Freitas disse que durante o ato desta terça-feira, um médico procurou os educadores e propôs a unificação das duas categorias (Saúde e Educação). Os docentes seguem em estado de greve, visando conscientizar colegas trabalhadores, população e alunos. 
"A Prefeita deu uma recente entrevista onde mencionou que já teria dado um aumento de 50% a categoria. Acontece que, nós não recebemos esse reajuste, ela apenas nos deu 10% de regência e 30% para os RETs (Regime Especial de Trabalhos). Sendo que, só irá receber os professores que estiverem em sala de aula. Então se um profissional adoecer, ele perde o benefício", lamentou a professora Elisângela Vieira. 
O presidente da Casa de Leis, Edson Batista comentou sobre o ato dos manifestantes. “Sobre essas reivindicações entendemos que faz parte da democracia e temos sempre que respeitar, só não podemos ser ingênuos e deixar acontecer o que aconteceu em outras Câmaras em casos de depredação, violência e tumulto o que é inaceitável na democracia. A discussão dentro de um plano de tranquilidade é salutar. A sociedade, hoje consciente, está excluindo e inibindo fortemente essas manifestações com depredações, que significam retrocesso, então, por este motivo, não podemos deixar os ânimos exaltados. Alguns professores puderam participar e acompanharam tranquilamente a sessão”.
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Fonte: KELLY MARIA/URURAU

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