Rio -  Policiais da 66ª DP (Piabetá) estão a procura de testemunhas para esclarecer a morte do vereador Antônio Carlos da Silva Pereira, o Tonico Pescador (PMDB), 45 anos. Ele foi atingido por pelo menos oito disparos na noite de quinta-feira, uma semana após assumir mandato na Câmara de Magé, na Baixada. O político foi enterrado no Cemitério Nossa Senhora da Guia, na Praia de Mauá.
Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
O vereador e seu amigo Rafael Rufolo Tavares, 22 anos, voltavam de uma partida defutebol quando foram abordados por dois homens de moto. Eles foram levados para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O político morreu em cirurgia. Atingido na barriga, Rafael já teve alta.
Segundo o delegado-assistente da 66ª DP, Franco Albano, a hipótese mais provável para o crime é execução. Mas, não descarta outra motivação. Segundo o delegado, todos que prestaram depoimento disseram que ele tinha muitos inimigos. Na hora do crime, parte do distrito estava sem energia elétrica e as câmeras de segurança não gravaram nada. Presidente da Câmara, André Cozzolino vai enviar ofício à Secretaria de Segurança para pedir agilidade na elucidação do crime. Para o prefeito Nestor Vidal, é precipitado falar que o crime tem motivações políticas.
Cinco políticos foram assassinados em 10 anos na cidade: a ex-vice-prefeita Lídia Menezes e o vereador Alexandre Alcântara, em 2002; o vereador Carlos Alberto do Carmo Souto, em 2006; o vereador Dejair Correa, em 2007; e o candidato a vereador Orney dos Santos Pereira, em 2008.
Político preso em 2009

De acordo com o delegado Franco Albano, o vereador foi preso em flagrante há dois anos. Na ocasião, policiais da 66ª DP encontraram em sua casa 20 munições de uso restrito, cassetete e uma chave mixa, utilizada para abrir qualquer tipo de fechadura.
Em maio do ano passado, uma irmã do político também foi presa acusada de entregar drogas para uma detenta na carceragem feminina da Polinter. Na ocasião, Tonico Pescador afirmou que não tinha contato com a irmã há vários anos.Fonte.O Dia