sexta-feira, 9 de março de 2012

Rodoviários param e a sexta-feira amanhece sem ônibus, em Campos


Fotos: Carlos Grevi
Empresas alegam falta de repasse e Prefeitura confirma que está em dia

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Depois de mais uma assembleia, realizada na noite desta quinta-feira (08/03), em Campos, os motoristas e cobradores do transporte público do município resolveram, mais uma vez cruzar os braços, e iniciaram às 0h desta sexta-feira (09/03), uma nova paralisação, desta vez, com tempo indeterminado.
Ficou acertado ainda, que após audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), marcada para as 10h desta sexta, onde estarão presentes representantes das empresas e funcionários, além do Poder Público e onde está prevista a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), uma nova assembleia deverá definir os rumos da greve.
Com versões diferentes, o que parece é que as partes não se entendem. O representante dos empregados diz que empresas não pagam porque não recebem da Prefeitura, que por sua vez, alega que está em dia, dando novas forças ao impasse.

“Pelo que observei no terminal rodoviário na tarde de hoje, estão todos revoltados. Vou tentar adiar a paralisação, mas estou achando que não vão concordar. As empresas não cumpriram com o que combinaram e alegam que a Prefeitura não cumpriu com eles”, declarou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Roberto Virgílio antes da realização da assembléia.
Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura Municipal de Campos comunicou que vai enviar representantes da Emut e da Procuradoria à audiência onde serão discutidas questões trabalhistas entre patrões e trabalhadores rodoviários. Segundo o presidente da Empresa Municipal de Transportes (Emut), Paulo Mosso, o objetivo é esclarecer possíveis dúvidas que possam surgir sobre o Programa Campos Cidadão. 
"Já pagamos janeiro e fevereiro, dentro do que foi acordado e já está na Secretaria de Finanças o adiantamento de março, portanto, o município está em dia com suas obrigações com as empresas de ônibus".
Virgílio destacou ainda que os empresários alegam dificuldades financeiras por não terem recebido parte dos repasses de 2011, que estão retidos até que seja encerrada a auditoria que está sendo realizada para apurar suspeita de irregularidades no uso do Cartão Cidadão.
Quanto à auditoria, Paulo Mosso informou que está em andamento e deve ser concluída na primeira quinzena de abril. "A auditoria é um trabalho amplo, que envolve pesquisa de campo e apura, minuciosamente, todas as informações".
Nesta sexta-feira a audiência no MPT pode selar um novo acordo e assim evitar uma paralisação ainda maior, como ocorreu no dia 24 de janeiro. “As empresas só vão assinar o TAC se a Prefeitura assinar junto, porque dizem que se não receberem não terão como cumprir”.
Até que a reunião aconteça e uma nova assembleia defina a situação do transporte público, milhares de trabalhadores se acumulam nos pontos de ônibus da cidade, tendo apenas nas vans, também lotadas, a única opção para se locomoverem.
Ururau

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