terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sem contato há três dias, filho de médico do ES vai a SP para buscas


Oncologista viajou à capital paulista para participar de evento profissional.
Ele chegou a deixar hotel na avenida Paulista na manhã de sábado (29).

Do G1 ES
Após o desaparecimento do médico Roberto Gomes, de 68 anos, o filho dele foi para São Paulo e se colocou à disposição da polícia para ajudar nas investigações. O oncologista, que é do Espírito Santo, viajou à capital paulista para participar de um evento profissional e fez contato com a família pela última vez na sexta-feira (28). De acordo com o genro de Roberto, Vitor Burgo, a polícia descobriu que ele ficou hospedado em um hotel na avenida Paulista e chegou a deixar o local na manhã de sábado (29). O caso está sendo investigado pela polícia de São Paulo.
Vitor contou que o filho do oncologista, que está em São Paulo, fez contato com a família na manhã desta terça-feira (2) contando que recebeu informações de que Roberto teria saído do hotel, mas deixado os pertences no local. “O Leonardo (filho) soube que ele (Roberto) saiu do hotel em direção à Paulista aparentando estar bem”, disse.
Por volta das 9h40 desta terça-feira (2), o G1 entrou em contanto com Leonardo, mas ele disse que não poderia atender porque estava envolvido com as investigações. Por telefone, o chefe de segurança do hotel onde Roberto ficou hospedado disse que o médico fez o check-out às 11h46 de sexta-feira (28), deixou a bagagem com todos os pertences no maleiro e saiu.
O médico viajou na quarta-feira (26) para participar do lançamento da segunda edição de um livro do qual ele é co-autor. O evento aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Roberto Gomes comandou 39 trabalhos científicos, coordenou quatro cursos internacionais de cancerologia, recebeu 23 prêmios (quatro internacionais) e foi homenageado com 21 Placas de Prata. Em 2012, ele foi eleito Capixaba do Ano na área da Saúde.
Segundo o genro, um colega de Roberto contou que, na quinta-feira (27) à noite, chegou a oferecer carona ao médico, que demonstrou não estar muito bem, mas ele disse que voltaria sozinho para o hotel. "Realmente, antes de ele viajar, vinha se queixando de tonturas, mas nenhum problema grave de saúde. Não há um histórico de problemas", falou Vitor.
Na sexta-feira, Roberto ligou para a esposa e disse que a passagem de volta para Vitória era sábado à noite, mas que ele anteciparia para sábado de manhã. “Conseguimos confirmar que o último gasto dele no cartão de crédito foi uma passagem para Vitória. Mas a polícia descobriu que ele nem chegou a embarcar no aeroporto de Congonhas”, contou o genro.
A filha do médico, Roberta Gomes, contou que a família se preocupou quando Roberto parou de entrar em contato com os familiares pelo celular. “A gente sentiu falta de comunicação pelas mensagens, porque ele é muito participativo, é todo ‘pra frente’ com tecnologia e se comunicava muito. Como  a gente passou o final de semana todo sem ele comentar nada, foi o primeiro alerta, mas ainda assim a gente esperava que ele tivesse sem celular. Segunda-feira de manhã, quando ele não apareceu, a gente tinha certeza que tinha acontecido alguma coisa”, disse.
Segundo a filha, a esperança é de que o oncologista tenha se sentido mal e esteja internado em algum hospital da região. “Pode ter sido um mal súbito, um lapso de memória, porque ele estava tomando um antialérgico meio forte. E isso pode ter dado alguma indisposição, alguma coisa”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário