quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Homem passa mal, fica sem Samu e é socorrido de ônibus, no ES


Auxiliar de serviços gerais foi socorrido por amigos, após demora do Samu.
Segundo médico, se ele demorasse mais 20 minutos, poderia ter morrido.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta *
Um auxiliar de serviços gerais de 58 anos precisou ser levado de ônibus para a Santa Casa de Vitória, na capital, após passar mal e não receber atendimento rápido do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na manhã desta quarta-feira (10), no Tancredão, no bairro Mário Cipreste, na capital. Segundo testemunhas, os serviços do Samu chegaram ao local cerca de 30 minutos depois da solicitação. O homem, identificado como Daniel Mota, teve uma crise de insulina. Ao contrário dos relatos, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), informou que a ambulância mais próxima da região foi acionada e que não houve demora no atendimento.
As testemunhas registraram o descaso em vídeos. No primeiro, as imagens mostram o homem sendo transferido para o hospital dentro de um ônibus. Já no segundo, os colegas de profissão registraram o momento em que a ambulância chegou no local, 30 minutos após o pedido.
Foram os próprios amigos quem ajudaram no resgate do auxiliar de serviços gerais. Segundo as testemunhas, ele estava gelado e muito fraco. "Ele estava passando muito mal, então chamamos o Samu, que demorou muito, cerca de 30 minutos. Antes de acionarmos o Samu, ligamos para o fiscal de transporte da Grande Vitória, e ele liberou o veículo para a gente prestar o socorro. Ele estava passando muito mal mesmo, todo gelado, com o corpo mole, meio inconsciente, pensei até que ele ia morrer", disse o segurança que transportou o senhor, David Bruno.
Após ser medicado e liberado do hospital, a vítima contou que sofre de diabetes e teve uma crise com aumento de pressão. Segundo ele, os médicos disseram que se não fossem os amigos, ele teria morrido. "Eu estava ajudando na limpeza do banheiro quando comecei a tremer, depois não vi mais nada. O médico disse que se eu demorasse mais 20 minutos, eu teria morrido", disse Daniel.

Outro lado
O coordenador médico do Samu, Robert Alexander, negou que o Samu tenha demorado e afirmou que, segundo o registro da ocorrência, a ambulância demorou treze minutos para chegar ao local. “O chamado foi aberto às 9h03. Às 9h16 a ambulância ligou para a central dizendo que já tinha chegado ao local e que o paciente havia sido levado por terceiros”, afirmou Alexander.
O coordenador também lembrou que todas as conversas e o horário estão gravados no sistema do Samu. “O tempo foi bem razoável, principalmente se levarmos em consideração o trânsito de Vitória. Entendemos que para quem está sofrendo, esse tempo pode parecer maior. Entretanto, lembramos que muitas das vezes vale mais a pena esperar o atendimento adequado que levar o paciente de qualquer forma”, afirmou.
* Com colaboração de Leandro Tedesco, da TV Gazeta

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