Elisson Fernandes também ficou ferido em acidente nesta quinta-feira (11).
Ex-PM alcoolizado colidiu com carro que provocou atropelamento.
"Ela foi pro céu, virou estrela". É assim que o filho de Elen Soares Maia, que morreu após ser atropelada em um acidente provocado por um ex-policial militar alcoolizado, fala da mãe. Elisson Fernandes, de sete anos, também foi atingido pelo carro, mas teve ferimentos leves. O acidente aconteceu na noite da quinta-feira (11), em Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo. O corpo de Elen foi liberado na manhã desta sexta-feira (12) e seguiu para o estado da Paraíba, onde vai ser sepultado.
No corpo da criança, era possíver ver as marcas da batida. Elisson contou que se lembra do momento em que o carro o atingiu. “O carro bateu e até a porta bateu aqui (apontou para o rosto). E eu cai e ralei”, contou o menino.
Ele foi uma das cinco vítimas do acidente provocado pelo ex-policial militar. O acidente aconteceu na rua Doutor Oziris Almeida de Freitas, no bairro Vila Rica. Segundo testemunhas, com o impacto da batida, a mulher que passava pela calçada acabou sendo imprensada contra o muro.
De acordo com o Centro Integrado de Operações em Defesa Social (Ciodes) da região Sul do estado, o sargento aposentado de 50 anos dirigia um veículo modelo Cruze quando atropelou um homem, invadiu a contramão da via e bateu de frente com um outro carro, modelo Strada, conduzido por uma mulher.
Ele fez o teste do bafômetro, que apontou 0,48 mg/L, quando o aceitável é de 0,33 mg/L. De acordo com o delegado Marcos Nery, o ex-PM Elton Carlos Galiasso vai responder por homicídio doloso e tentativa de homicídio. Ele não quis falar com a reportagem.
A cunhada da jovem de 25 anos morta no acidente estava inconformada no local. “Era uma mãe de família. Deixou uma criança com sete anos de idade. Eu trouxe essa menina com 16 anos para cá e estou levando em um caixão”, falou Edilma Saraiva.
A motorista do outro carro envolvido no acidente falou que levou um susto ao sentir a colisão. “Só vi a pancada no meu carro. “Ele desgovernou todo, saiu da pista, foi para cima da calçada e comecei a sentir dor. Ainda conseguir abrir a porta, porque ela não abria toda. Com muita dor no meu peito e o pessoal gritando que tinha alguém debaixo do meu carro. Saí desesperada, gritando para salvar a pessoa”, contou a comerciante Vera Rios.
*Com informações de Cláudia Bonutti, da TV Gazeta Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário