Operação Verão foi antecipada em 1 semana após arrastões na orla.
Policiamento sera reforçado Ipanema, Copacabana, Barra e Botafogo.
Os flagrantes de violência e arrastões do sábado (19) e domingo (20) na Zona Sul do Rio fizeram as autoridades estaduais e municipais anteciparem em uma semana a Operação Verão. Prevista para começar em 3 de outubro, será iniciada no sábado (26), e confirmaram a volta das revistas em ônibus a caminho da praia. A diferença, segundo o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, é que outros órgãos públicos participarão das ações da Polícia Militar.
"Precisamos de articulações para que a gente possa agir. Trouxemos oito instituições. Vamos antecipar a Operação Verão e fazer o trabalho que sempre fizemos, fazendo blitz, parando ônibus, dessa vez com apoio de outros órgãos para que tenhamos mais legitimidade nas nossas ações. As pessoas que moram perto e longe querem ir à praia, vamos garantir isso mostrando que há senso de organização, planejamento", explicou Beltrame após reunião com autoridades no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), nesta terça-feira (22).
Além do secretário, participaram da reunião o vice-prefeito Adilson Batista, o chefe de polícia Civil, Fernando Veloso, o coronel PM Claudio Lima Freire, entre outros. "Há uma compreensão de todos que isso é inaceitável. Por isso, combinamos uma ação conjunta de todos: prefeitura e polícias. A Secretaria de Assistência Social vai se colocar como suporte nessas ações", disse o vice-prefeito.
Além do secretário, participaram da reunião o vice-prefeito Adilson Batista, o chefe de polícia Civil, Fernando Veloso, o coronel PM Claudio Lima Freire, entre outros. "Há uma compreensão de todos que isso é inaceitável. Por isso, combinamos uma ação conjunta de todos: prefeitura e polícias. A Secretaria de Assistência Social vai se colocar como suporte nessas ações", disse o vice-prefeito.
Revistas proibidas
As revistas em ônibus foram interrompidas, segundo a secretaria, após a Defensoria Pública conseguir na Justiça que fosse proibida a apreensão de menores sem que houvesse flagrante. A Justiça informou que a abordagem não é proibida.
As revistas em ônibus foram interrompidas, segundo a secretaria, após a Defensoria Pública conseguir na Justiça que fosse proibida a apreensão de menores sem que houvesse flagrante. A Justiça informou que a abordagem não é proibida.
Um pouco mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, chamou de "absurdos" os arrastões e atos de "justiceiros". Para ele, o problema dos roubos e furtos não é social, mas de segurança.
"Eu estava fora do Rio e pelas imagens que eu vi, o apoio da guarda é importante (...) Nós não vamos tratar delinquentes marginais como problema social. Isso é problema de segurança pública", declarou o prefeito sobre o tratamento a ser dado a quem cometer delitos como roubos, furtos e agressões.
Para justificar a afirmação, o prefeito comparou a situação do Rio com a de outros estados do país.
"Eu acho que o Rio de Janeiro não pode se perder em um debate, que às vezes eu acho um tanto quanto esquizofrênico, que a gente fica aqui discutindo se esse tipo de atitude é fruto da falta de ausência da política social. Alguns dos problemas sociais que existem do Rio de Janeiro se repetem em Alagoas, se repetem em Pernambuco, em São Paulo e não é comum a gente ver esse tipo de violência que vimos aqui. O que é necessário é que a autoridade se faça, se coloque e se imponha."
O secretário de Ordem Púbica, Leandro Matieli, acrescentou que a Operação Verão da Guarda Municipal, que seria iniciada no dia 3 de outubro, será antecipada.
Tumultos
O fim de semana foi marcado por relatos de furtos, arrastões, correria, e confusão em vários bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro. Quase 30 suspeitos de furtos foram detidos em Botafogo e na orla de Ipanema e do Arpoador no sábado. Já o fim da tarde deste domingo foi marcado por tumultos e correrias na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana, Zona Sul do Rio.
O fim de semana foi marcado por relatos de furtos, arrastões, correria, e confusão em vários bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro. Quase 30 suspeitos de furtos foram detidos em Botafogo e na orla de Ipanema e do Arpoador no sábado. Já o fim da tarde deste domingo foi marcado por tumultos e correrias na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana, Zona Sul do Rio.
Moradores registraram em vídeo, num intervalo de uma hora, ao menos três confusões. Em uma das cenas, um rapaz que tentava embarcar em um ônibus pela janela é agredido por um grupo de homens. Em outra, a janela de um ônibus é quebrada e passageiros saltam por ela.
Justiceiros
Depois do fim de semana de arrastões nas praias e ruas da Zona Sul do Rio, algumas pessoas tentam promover, nas redes sociais, a formação de grupos de “justiceiros” e prometem reações de vingança no próximo fim de semana. Para Paes, falta autoridade.
Depois do fim de semana de arrastões nas praias e ruas da Zona Sul do Rio, algumas pessoas tentam promover, nas redes sociais, a formação de grupos de “justiceiros” e prometem reações de vingança no próximo fim de semana. Para Paes, falta autoridade.
"Eu acho que todos devem ser combatidos. Aqueles que praticam e querem fazer justiça com as próprias mãos. Nós, o estado, temos que estar presentes para acabar com a brincadeira. Isso é falta de autoridade. Estão botando a mão na cara porque a autoridade não está presente. Precisa de autoridade. Quando o delinquente percebe que a autoridade justifica os atos que esta cometendo, ele vai cometer mais", completou.
O secretário de Estado Segurança, José Mariano Beltrame, disse termer ações de linchamento na cidade.
Conforme mostrou o RJTV, grupos estão combinando uma reação para domingo (27). Convocaram a levar tacos de beisebol, soco inglês, cassetete e armas de choque para o que chamam de “limpeza da zona sul”. Mas na própria página receberam críticas. Uma pessoa disse que “as pessoas querem combater bandidagem se tornando bandidos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário