segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Um dos criminosos mais perigosos do ES volta para presídio do estado


Toninho Pavão foi condenado por vários crimes e estava em Rondônia.
Advogado disse que vai tentar transferir cliente para Minas Gerais.

Juirana NobresDo G1 ES
Um dos criminosos mais perigosos do Espírito Santo, o traficante José Antônio Marim, o Toninho Pavão, retornou ao estado na última quinta-feira (22). A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que ele está na Penitenciária de Segurança Máxima II, em Viana, na Grande Vitória. Toninho Pavão já foi condenado por homicídios e tráfico de drogas e estava há mais de oito anos no Presídio Federal de Rondônia.
Toninho Pavão é considerado um dos mais perigosos do estado. (Foto: Wagner Martins / TV Gazeta)Toninho Pavão - 28/06/2012
(Foto: Wagner Martins / TV Gazeta)
A decisão do retorno do criminoso é em cumprimento à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O prazo máximo previsto em lei para que um detento fique em presídio federal é de um ano, prorrogável em casos excepcionais.
Em entrevista ao G1, na manhã desta segunda-feira (26), o advogado do acusado, Marco Antônio Gomes, disse que Toninho Pavão retornou contra a vontade. “Ele queria permanecer em Rondônia ou ir para Minas Geraisx para ficar mais perto da família. NoEspírito Santo ele será perseguido. Eu ainda o defendo e continuarei dizendo que ele é inocente”, disse Gomes.
O advogado criticou a Justiça e disse que seu cliente foi penalizado sem provas. “O culparam sem provas. Sobre as escutas que fizeram, não provaram em testes que a voz realmente era Antônio Marim. Isso é um absurdo. A mesma Justiça que o mandou para fora do estado, permite que ele retorne. Vão começar a inventar várias coisas e colocarão a culpa nele novamente”, desabafou.
Marco Antônio Gomes disse que vai estar com Toninho Pavão  ainda na manhã desta segunda-feira para tentar transferência para Minas Gerais.
Sejus
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) explicou que a Justiça determinou o retorno de José Antônio Marim, o Toninho Pavão, em um procedimento normal em se tratando de trânsito de presos que não permanecem por algum tempo em seus estados de origem. A secretaria acrescentou que José Antônio Marim está recebendo o mesmo tratamento dispensado aos outros presos da unidade prisional, conforme prevê a lei.
Entenda o caso
No dia 28 de março de 2006, um homem de 46 anos e uma mulher de 37 foram assassinados em Cariacica. Na ocasião, segundo a polícia, Toninho Pavão, que estava preso sob acusação de tráfico de drogas, havia mandado um homem cometer o assassinato do lado de fora da prisão. Ele estava detido na Prisão de Segurança Máxima de Viana. Uma escuta telefônica mostrou que um homem ordenava um duplo homicídio fora da prisão.
As vítimas foram encontradas pela polícia com perfurações na parte de trás da cabeça e em partes da face, nos olhos e nos ombros. Após o crime, escutas telefônicas apontaram o suposto envolvimento de Pavão com o duplo homicídio.

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