Carlos Grevi
Ricardo Fernando teve uma variação de pressão e morreu em seu camarote
Trabalhadores ligados ao Sindipetro-NF, realizam um “trancaço”, no Heliporto de Farol de São Tomé, em Campos, impedindo decolagens como protesto a morte de um trabalhador no último dia 20 e pedindo mais rigor no atendimento de saúde de funcionários embarcados. Segundo o sindicato, foram 10 casos de trabalhadores que ficaram doentes a bordo ou faleceram por mau atendimento médico nos últimos anos.
De acordo com a assessoria do sindicato, a morte de um trabalhador no último dia 20 teria sido a motivação da manifestação desta quinta. Ricardo Fernando Alarcom Garcia, que era funcionário da Weatherford e estava embarcado na SS-51, teria passado mal a noite, com uma variação de pressão e foi atendido na própria plataforma. Ricardo teria sido atendido por vídeo conferência, recebido medicação e ficado em repouso no camarote, onde mais tarde, às 21h, foi encontrado morto.
Cerca de 300 trabalhadores não embarcaram nesta quinta. Estavam previstos 23 voos, dos quais cinco foram transferidos para esta sexta-feira (30/01), oito estão atrasados e outros dez ainda estão dentro do prazo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 150 pessoas participam da manifestação no Heliporto.
Mulheres que perderam seus maridos, vítimas de acidentes de trabalho em plataformas, também participaram do movimento.
"Lembro como se fosse hoje. Quando ouvi no rádio a informação de que tinha ocorrido uma explosão na plataforma de enchova e em seguida um incêndio que acabou matando meu marido e mais 36 pessoas. Além do sofrimento, a morte do meu marido trouxe muitos transtornos, porque tive que esperar quatro meses para começar a receber a pensão. E para que outras famílias não venham ser destruídas por falta de responsabilidade de uma empresa, que estou aqui junto com o sindicato", contou Suedma.
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