Eduardo Paes e o cardeal Dom Orani Tempesta participaram do evento.
Governador foi eleito no segundo turno com 55,78% dos votos.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), foi empossado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro, por volta das 10h desta quinta-feira (1º). A cerimônia foi conduzida pelo presidente da casa, Paulo Melo, e durou aproximadamente 30 minutos. Pezão já estava no comando do estado desde abril de 2014, quando Sérgio Cabral deixou o cargo. O prefeito Eduardo Paes e o cardeal Dom Orani Tempesta participaram do evento. Pezão também participará de uma cerimônia no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, por volta das 11h.
"É um prazer imenso estar tomando posso nesse dia. Meu dever é me aperfeiçoar cada vez mais para atender a todos. O Rio mudou, mas não temos a utopia que vencemos todas as batalhas. Meu objetivo é manter as conquistas e tentar ampliá-las", disse Pezão durante o discurso.
O governador disse ainda que pretende manter a parceria com o governo Federal para o desenvolvimento do Estado. Pezão disse que o objetivo é continuar ajudando o Brasil a crescer.
"Quero que o estado seja referência para todos. O estado do Rio não vai parar de crescer, vai ajudar o Brasil a se desenvolver ainda mais. Nós vamos enfrentar crises, tornando os momentos difíceis em oportunidades", afirmou Pezão.
O amparo e auxílio aos municípios da Região Metropolitana e Baixada Fluminense foi um dos pontos abordados por ele. Segundo ele, o estado do Rio de Janeiro tem uma dívida com a Baixada Fluminense.
"Estarei permanentemente andando ao lado dos outros municípios. Quero acabar com a dívida que temos com a Baixada Fluminense. Durante minha campanha eleitoral eu vi as dificuldades de perto. Com esse olhar generoso para as pessoas que mais precisam que irei governar", afirmou.
Em março de 2014, antes do início oficial da campanha, o peemedebista chegou a ter 6% das intenções de voto, ficando atrás de Marcelo Crivella (PRB), Anthony Garotinho (PR) e Lindberg Farias (PT). Sete meses depois, no dia 26 de outubro, Pezão comemorava a vitória no segundo turno com 55,78% dos votos contra 44,22% de Marcelo Crivella (PRB).
Em entrevista ao G1, o governador reafirmou diversos compromissos que fez na época da campanha. Segundo ele, existem projetos importantes em todas as áreas, mas seus maiores focos serão a área da saúde e segurança pública. “A segurança é que permitiu que as empresas se instalassem aqui, assim como os diversos centros de pesquisa. Esse é o caminho para o crescimento”, destacou Pezão, ressaltando que recentemente o Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou redução dos índices de criminalidade em 33 regiões com UPPs.
Na área da saúde o governador afirmou que vai ajudar os municípios a implantarem clínicas da família e UPAs. “Fiz em Piraí e quero ampliar para todo o estado. Quando você tem uma boa atenção básica, você resolve 85% dos problemas”, diz Pezão, que já foi prefeito do município de Piraí.
Pezão também esteve ao lado do ex-governador Sérgio Cabral, de quem foi vice cerca de sete anos. Apenas em abril de 2014, quando Cabral se afastou do cargo concorrer a uma vaga no Senado Federal, Pezão passou a ocupar a cadeira do Palácio Guanabara como governador. Antes de oficializar sua candidatura, no entanto, Cabral acabou abrindo mão da candidatura para o ex-prefeito Cesar Maia ocupá-la.
Confira abaixo a entrevista em que o governador fala de saúde, educação, segurança, habitação e transporte público.
- Qual área (saúde, educação segurança, etc.) receberá maior atenção do governo do estado nos próximos quatro anos?
Pezão: Temos projetos importantes em todas as áreas, mas tenho foco maior em saúde e segurança. Ao fim do meu mandato, quero ser reconhecido como o governador da saúde. Vou ajudar os municípios a implantarem clínicas da família e UPAs. Nós já inauguramos 12 clínicas, e quero fazer mais 47, para cuidar da atenção básica à saúde. Fiz em Piraí e quero ampliar para todo o estado. Quando você tem uma boa atenção básica, você resolve 85% dos problemas. Quero ter uma parceria grande com o governo federal para os hospitais federais funcionarem melhor no Rio, a fim de desafogar as redes estadual e municipal. Vamos continuar trabalhando como articuladores da reabertura da Santa Casa e quero trabalhar fortemente para avançar com os consórcios de saúde.
Pezão: Temos projetos importantes em todas as áreas, mas tenho foco maior em saúde e segurança. Ao fim do meu mandato, quero ser reconhecido como o governador da saúde. Vou ajudar os municípios a implantarem clínicas da família e UPAs. Nós já inauguramos 12 clínicas, e quero fazer mais 47, para cuidar da atenção básica à saúde. Fiz em Piraí e quero ampliar para todo o estado. Quando você tem uma boa atenção básica, você resolve 85% dos problemas. Quero ter uma parceria grande com o governo federal para os hospitais federais funcionarem melhor no Rio, a fim de desafogar as redes estadual e municipal. Vamos continuar trabalhando como articuladores da reabertura da Santa Casa e quero trabalhar fortemente para avançar com os consórcios de saúde.
Quanto à segurança, ela é a ´mãe` de todas as políticas. Sem segurança, não entram os médicos, os professores, os garis, enfim os serviços. O secretário Beltrame tem autonomia para definir as ações necessárias e aperfeiçoar e avançar com as UPPs, as companhias destacadas da PM e reforçar o patrulhamento. Vamos criar os batalhões em Araruama, Nova Iguaçu e Itaguaí, contratar mais seis mil policiais. Quando chegamos ao governo, a segurança tinha um orçamento de pouco mais de R$ 2 bilhões. Em 2015, o setor receberá R$ 10 bilhões.
- Alguma mudança será feita na área da segurança pública?
Pezão: Os próximos passos da pacificação serão muito importantes. A Secretaria de Segurança está concluindo um diagnóstico sobre as UPPs e um planejamento geral de ações da pasta. Vamos consolidar áreas em que estamos com dificuldades. Reconhecidamente, a pacificação é um programa vitorioso. Quando visito comunidades que ainda não têm UPP, os moradores me pedem. O resultado do nosso esforço foi mais uma vez comprovado, há poucos dias, quando o Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou redução dos índices de criminalidade em 33 regiões com UPPs, comparando com os dados desde a criação das UPPs em 2008. Não vamos recuar. Vamos chegar a um efetivo de 60 mil policiais militares. A segurança é que permitiu que as empresas se instalassem aqui, assim como os diversos centros de pesquisa. Esse é o caminho para o crescimento.
Pezão: Os próximos passos da pacificação serão muito importantes. A Secretaria de Segurança está concluindo um diagnóstico sobre as UPPs e um planejamento geral de ações da pasta. Vamos consolidar áreas em que estamos com dificuldades. Reconhecidamente, a pacificação é um programa vitorioso. Quando visito comunidades que ainda não têm UPP, os moradores me pedem. O resultado do nosso esforço foi mais uma vez comprovado, há poucos dias, quando o Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou redução dos índices de criminalidade em 33 regiões com UPPs, comparando com os dados desde a criação das UPPs em 2008. Não vamos recuar. Vamos chegar a um efetivo de 60 mil policiais militares. A segurança é que permitiu que as empresas se instalassem aqui, assim como os diversos centros de pesquisa. Esse é o caminho para o crescimento.
- Uma de suas promessas durante a campanha foi a atenção básica à saúde. Pretende desenvolver isso já no início do governo?
Pezão: Quero adotar a meritocracia também no repasse de recursos aos municípios. Quem universalizar o atendimento básico, vou repassar recursos, ajudar com a implantação de clínicas da família. É uma iniciativa que melhora os hospitais porque desafoga as emergências. Eu quero ajudar os prefeitos a terem as equipes de saúde da família e assim investir em prevenção. O governo federal colocou à disposição o Mais Médicos. Vamos fazer um chamamento aos municípios para que integrem também os consórcios de saúde. É preciso racionalizar custos. Muitas vezes, cada cidade quer um hospital, o que não é razoável. É preferível ter um consórcio onde as coisas funcionam, cada um com suas especialidades e ali oferecer uma saúde de melhor qualidade.
Pezão: Quero adotar a meritocracia também no repasse de recursos aos municípios. Quem universalizar o atendimento básico, vou repassar recursos, ajudar com a implantação de clínicas da família. É uma iniciativa que melhora os hospitais porque desafoga as emergências. Eu quero ajudar os prefeitos a terem as equipes de saúde da família e assim investir em prevenção. O governo federal colocou à disposição o Mais Médicos. Vamos fazer um chamamento aos municípios para que integrem também os consórcios de saúde. É preciso racionalizar custos. Muitas vezes, cada cidade quer um hospital, o que não é razoável. É preferível ter um consórcio onde as coisas funcionam, cada um com suas especialidades e ali oferecer uma saúde de melhor qualidade.
- Sobre educação, o investimento será na criação de novas escolas ou melhoria nas existentes? As escolas com ensino técnico serão ampliadas?
Pezão: Quero unir o ensino em tempo integral com ensino profissionalizante. Desde 2007, o governo do estado reformou ou construiu 54 escolas, além de ter começado a repassar aos municípios a responsabilidade pelo ensino fundamental, como determina a constituição. Investimos, em média, R$ 100 milhões por ano em infraestrutura na recuperação de prédios escolares. Vamos ampliar o Dupla Escola que, entre as novas unidades, 27 oferecem educação integral, formação profissional e em idiomas. Queremos implantar o ensino integral em pelo menos 100 escolas. Centro Vocacional Tecnológico, que hoje já são 46, é uma peça fundamental para a inserção do jovem no mercado de trabalho e permite que ele aproveite o momento econômico que o Rio vive. Nosso objetivo é construir mais para oferecer ensino técnico e qualificação para os jovens em todas as regiões. Quero fazer as escolas de ensino médio junto com os centros para que os jovens saiam com o emprego garantido.
Pezão: Quero unir o ensino em tempo integral com ensino profissionalizante. Desde 2007, o governo do estado reformou ou construiu 54 escolas, além de ter começado a repassar aos municípios a responsabilidade pelo ensino fundamental, como determina a constituição. Investimos, em média, R$ 100 milhões por ano em infraestrutura na recuperação de prédios escolares. Vamos ampliar o Dupla Escola que, entre as novas unidades, 27 oferecem educação integral, formação profissional e em idiomas. Queremos implantar o ensino integral em pelo menos 100 escolas. Centro Vocacional Tecnológico, que hoje já são 46, é uma peça fundamental para a inserção do jovem no mercado de trabalho e permite que ele aproveite o momento econômico que o Rio vive. Nosso objetivo é construir mais para oferecer ensino técnico e qualificação para os jovens em todas as regiões. Quero fazer as escolas de ensino médio junto com os centros para que os jovens saiam com o emprego garantido.
- Durante a sua gestão na Prefeitura de Piraí houve um grande investimento em tecnologia, pretende expandir o Piraí Digital para o Estado do Rio?
Pezão: Nos próximos anos, o governo do estado vai levar internet wi-fi, por fibra ótica, para todos os municípios. Com internet de alta velocidade e qualidade, podemos interligar escolas, hospitais, delegacias. A ideia é democratizar o acesso à informação, à cultura, à educação. A PUC está elaborando o projeto para lançarmos uma Parceria Público Privada ainda em 2015. O Estado tem que ser o indutor dessa política e as empresas podem compartilhar a responsabilidade.
Pezão: Nos próximos anos, o governo do estado vai levar internet wi-fi, por fibra ótica, para todos os municípios. Com internet de alta velocidade e qualidade, podemos interligar escolas, hospitais, delegacias. A ideia é democratizar o acesso à informação, à cultura, à educação. A PUC está elaborando o projeto para lançarmos uma Parceria Público Privada ainda em 2015. O Estado tem que ser o indutor dessa política e as empresas podem compartilhar a responsabilidade.
- Além da Linha 4, há projetos de expansão do metrô?
Pezão: Neste momento, está em processo de licitação para contratação do projeto básico para a implantação do trecho do metrô Gávea-Carioca. É um estudo robusto, completo, uma vez que se trata de uma obra de grande porte. Vamos trabalhar ainda para fazer a extensão do Jardim Oceânico-Recreio. Ainda há o projeto do Estácio-Praça XV, que está em análise na Secretaria de Transportes. E vamos tirar do papel a Linha 3, que vai ligar Niterói a Itaboraí. Vamos começar a audiência pública em breve. Os recursos para a obra já estão garantidos. A Secretaria de Obras está em fase final de elaboração do edital de licitação, no sistema monotrilho. Além disso, já estamos executando as obras de expansão da General Osório, com acesso à Lagoa Rodrigo de Freitas.
Pezão: Neste momento, está em processo de licitação para contratação do projeto básico para a implantação do trecho do metrô Gávea-Carioca. É um estudo robusto, completo, uma vez que se trata de uma obra de grande porte. Vamos trabalhar ainda para fazer a extensão do Jardim Oceânico-Recreio. Ainda há o projeto do Estácio-Praça XV, que está em análise na Secretaria de Transportes. E vamos tirar do papel a Linha 3, que vai ligar Niterói a Itaboraí. Vamos começar a audiência pública em breve. Os recursos para a obra já estão garantidos. A Secretaria de Obras está em fase final de elaboração do edital de licitação, no sistema monotrilho. Além disso, já estamos executando as obras de expansão da General Osório, com acesso à Lagoa Rodrigo de Freitas.
- Como pretende reduzir o déficit habitacional no Estado?
Pezão: A redução do déficit habitacional não é tarefa apenas do Estado, é um esforço que vem sendo feito em parceria com os municípios e o governo federal. Atualmente o Estado desenvolve uma série de ações. Além da construção de cerca de 17 mil novas unidades pelo Minha Casa Minha Vida e PAC, o Rio avançou muito na legalização de imóveis em comunidades consolidadas como a Rocinha, Vidigal, Complexo do Alemão, e também em áreas da Região Metropolitana e no interior, totalizando 25 mil moradias regularizadas, nos últimos oito anos. O estado também promove obras de infraestrutura para melhorar as condições de vida nas comunidades. Obras de infraestrutura também melhoram as condições de vida das pessoas. O bairro Habitat, em Três Rios, que antes era somente um descampado, virou um bairro. Queimados está recebendo a primeira estação de tratamento de esgotos da cidade, além de urbanização de ruas. Isso tudo em parceria com os prefeitos. Rio das Pedras é outro exemplo dessa nova política habitacional e está recebendo obras de infraestrutura. É mais fácil melhorar o lugar onde vivem cerca de 30 mil pessoas do que retirá-las do local onde se estabeleceram.
Pezão: A redução do déficit habitacional não é tarefa apenas do Estado, é um esforço que vem sendo feito em parceria com os municípios e o governo federal. Atualmente o Estado desenvolve uma série de ações. Além da construção de cerca de 17 mil novas unidades pelo Minha Casa Minha Vida e PAC, o Rio avançou muito na legalização de imóveis em comunidades consolidadas como a Rocinha, Vidigal, Complexo do Alemão, e também em áreas da Região Metropolitana e no interior, totalizando 25 mil moradias regularizadas, nos últimos oito anos. O estado também promove obras de infraestrutura para melhorar as condições de vida nas comunidades. Obras de infraestrutura também melhoram as condições de vida das pessoas. O bairro Habitat, em Três Rios, que antes era somente um descampado, virou um bairro. Queimados está recebendo a primeira estação de tratamento de esgotos da cidade, além de urbanização de ruas. Isso tudo em parceria com os prefeitos. Rio das Pedras é outro exemplo dessa nova política habitacional e está recebendo obras de infraestrutura. É mais fácil melhorar o lugar onde vivem cerca de 30 mil pessoas do que retirá-las do local onde se estabeleceram.
- Algumas regiões do Estado ainda enfrentam problema de abastecimento de água. Como resolverá essa questão? É possível extinguir esse problema em quatro anos?
Pezão: O Rio de Janeiro, assim como todo o Brasil, passa por um período de estiagem. A Cedae já garantiu o abastecimento para consumo humano no estado e segue seu planejamento, iniciado há mais de três anos. Vou acompanhar de perto esse período, mas vou continuar avançando com nossa prioridade de levar água a 100% da Baixada Fluminense. Já iniciamos o Guandu II com a compra de R$ 96 milhões em tubulações para serem instaladas em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Queimados, São João de Meriti, Mesquita e Nilópolis. O Guandu II vai beneficiar cerca de três milhões de moradores.
Pezão: O Rio de Janeiro, assim como todo o Brasil, passa por um período de estiagem. A Cedae já garantiu o abastecimento para consumo humano no estado e segue seu planejamento, iniciado há mais de três anos. Vou acompanhar de perto esse período, mas vou continuar avançando com nossa prioridade de levar água a 100% da Baixada Fluminense. Já iniciamos o Guandu II com a compra de R$ 96 milhões em tubulações para serem instaladas em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Queimados, São João de Meriti, Mesquita e Nilópolis. O Guandu II vai beneficiar cerca de três milhões de moradores.
* Sob supervisão Mirelle de França
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