Cássio Muniz, de 44 anos, foi preso após confusão, em Guarapari.
Ele explicou como briga começou e disse que álcool o influenciou.
O investigador da Polícia Civil do Amazonas Cássio Muniz Crespo, que feriu sete pessoas após atirar dentro da boate Multiplace Mais, em Guarapari, na Grande Vitória, disse neste domingo (4) que atirou em legítima defesa. “Na hora eu só pensei em me proteger. Peço desculpas para as pessoas que estavam lá. Eu não queria machucar ninguém”, disse Cássio. Ele relatou ainda que o álcool influenciou no que fez. A polícia informou que a arma utilizada no crime não pertencia ao investigador.
Cássio Muniz, de 44 anos, foi detido após efetuar os disparos. Ele e testemunhas prestaram depoimento na delegacia do município. Segundo uma das vítimas, que preferiu não se identificar, os disparos foram efetuados após uma briga no interior da boate.
O Multiplace Mais explicou que a confusão aconteceu no final da noite e que o policial teria se desentendido com um cliente e atirado contra o chão. Os estilhaços atingiram algumas pessoas, que foram atendidas pela equipe médica e ambulância de plantão no estabelecimento.
O investigador estava passando férias emGuarapari e contou que se desentendeu com um rapaz na boate. “Eu estava com meu amigo e ele encontrou um grupo de pessoas conhecidas. A gente estava dividindo bebidas em um mesmo balde. Quando eu fui me servir, um dos homens que estava na mesa disse que a vodka não era minha. Veio para cima de mim, me empurrando e dando socos. Eu tentei me defender, revidando os socos, mas juntaram uns seis homens para me bater. Atirei para baixo para impedir que me atacassem”, relatou Cássio.
Ele disse que não apontou a arma para ninguém. “Abaixei a arma e atirei para o chão, porque o objetivo era afastar as pessoas de perto de mim. Na hora eu só pensei em me proteger. Peço desculpas para as pessoas que estavam lá. Eu não queria machucar ninguém. Sem dúvidas o álcool influenciou no que fiz ”, disse.
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Cássio disse que se arrependeu. “Sou um policial de boa conduta no meu estado. Foi um momento de instinto de defesa, não era para acertar ninguém. Vou pagar pelo que eu fiz, mas não quero responder por tentativa de homicídio, não tentei matar ninguém”, afirmou.
Arma não pertencia ao policial
Segundo o depoimento prestado por Cássio na delegacia, a pistola seria de um amigo dele que não foi encontrado. De acordo com o delegado João Henrique Westphal, o suspeito contou que a arma era de um amigo com quem ele estava dividindo um quarto no hotel. “Ele disse que antes de sair pegou a arma do amigo que estava em cima da mesa. Sabemos que a pistola utilizada não era arma de trabalho do policial e ele não tinha a posse legal dela. É preciso investigar para saber a origem desta arma”, declarou.
Segundo o depoimento prestado por Cássio na delegacia, a pistola seria de um amigo dele que não foi encontrado. De acordo com o delegado João Henrique Westphal, o suspeito contou que a arma era de um amigo com quem ele estava dividindo um quarto no hotel. “Ele disse que antes de sair pegou a arma do amigo que estava em cima da mesa. Sabemos que a pistola utilizada não era arma de trabalho do policial e ele não tinha a posse legal dela. É preciso investigar para saber a origem desta arma”, declarou.
O delegado ainda disse que o amigo de Cássio, que seria o dono da arma, não foi encontrado. A polícia também não informou se arma era registrada.
Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, os policiais podem portar suas armas 24 horas por dia, porém eles tem de seguir regras de conduta previstas no regimento da instituição. Os excessos são investigados e podem ser punidos.
De acordo com o corregedor da Polícia Civil, João Calmon, o porte de arma de fogo é inerente a função do policial civil. Ou seja, ele é obrigado a portar a sua arma e a carteira de identificação de policial civil 24 horas por dia. Porém, no Estatuto Disciplinar da PC-ES, o policial é orientado a evitar o porte da arma de fogo em locais de grande aglomeração de pessoas, concomitante com o uso de álcool.
Nesse caso, se pertencesse ao quadro da PC-ES, o policial civil seria objeto de investigação da Corregedoria de Policia Civil, sobre aspecto disciplinar e criminal, pelo disparo de arma de fogo em local público e as implicações administrativas dessa conduta.
Porte de armas
Segundo a lei, policiais possuem permissão para entrarem armados em qualquer estabelecimento. A lei garante aos policiais a prerrogativa de portarem arma de fogo 24 horas por dia, e os estabelecimentos comerciais não podem impedi-los de entrar armados em suas dependências. No Multiplace Mais, assim como em outros estabelecimento de entretenimento, o policial foi obrigado a preencher um cadastro com informações que identificam a arma.
Segundo a lei, policiais possuem permissão para entrarem armados em qualquer estabelecimento. A lei garante aos policiais a prerrogativa de portarem arma de fogo 24 horas por dia, e os estabelecimentos comerciais não podem impedi-los de entrar armados em suas dependências. No Multiplace Mais, assim como em outros estabelecimento de entretenimento, o policial foi obrigado a preencher um cadastro com informações que identificam a arma.
* Com colaboração de Iara Diniz, do Jornal A Gazeta.
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