Menina nasceu com síndrome que provoca ataques epiléticos.
Uma das maiores conquistas de Giovana foi ser dama de honra.
Após quase dois meses fazendo uso de um medicamento a base de canabidiol (CBD), composto presente na maconha, a menina Giovana Guisso, de 12 anos, já apresenta melhoras, segundo a família. A garota, que vive em Guarapari, tem uma doença chamada Síndrome de Dravet, um tipo de epilepsia que causa crises convulsivas graves. O remédio é importado, veio de San Diego, na Califórnia, prometendo acabar com as crises que a criança sofre desde bebê. Para os pais, a vida da filha já está mudando.
A liberação do medicamento, que não é produzido no Brasil e veio dos Estado Unidos, foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os tubos do remédio custaram U$ 950 (cerca de R$ 2.166), e os pais também gastaram com as passagens para buscar o medicamento, que foi retirado no aeroporto de Campinas, em São Paulo. Para arcar com esses custos, eles contaram com a ajuda de amigos e familiares que se solidarizaram com o caso da criança.
Com o início do tratamento, os pais contaram que já perceberam melhoras. No primeiro mês, a menina teve nove convulsões, o que pode ser considerado um número alto, mas não no caso de Giovana, que já chegou a ter 25 em 30 dias. "Ela tem melhorado muito o comportamento, como ficar sentada, comer a mesa, por exemplo", explicou o pai, Geberson Guisso.
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E Giovana foi mais longe. A maior conquista da menina foi ser dama de honra no casamento de um tio. Ela conseguiu atravessar o corredor da igreja, primeiro com o apoio da mãe e depois sozinha. "A minha reação e de todo mundo que estava na igreja foi chorar. Acho que choramos mais do que na hora que a noiva entrou", contou a mãe, Patrícia Guisso.
Sobre o remédio
O médico pediatra Celso Murad explicou que entre as substâncias que compõem a maconha estão o THC e o canabidiol. O THC tem feitos alucinógenos, já o canabidiol tem poucos efeitos colaterais e não altera os sentidos.
Sobre o remédio
O médico pediatra Celso Murad explicou que entre as substâncias que compõem a maconha estão o THC e o canabidiol. O THC tem feitos alucinógenos, já o canabidiol tem poucos efeitos colaterais e não altera os sentidos.
"Tem que ver se os efeitos da substância serão mais benéficos para a pessoa ou trarão mais malefícios. O que não pode é permitir que a pessoa continue apresentando sinais daquela doença", falou o médico.
O canabidiol é uma substância proibida no Brasil. A Anvisa permitiu a importação para pouco mais de 80 famílias brasileiras, entre elas a de Giovana, mas o Conselho Federal de Medicina ainda avalia o uso do canabidiol no país. Se a liberação para qualquer pessoa for aprovada, a importação será mais fácil.
O canabidiol é uma substância proibida no Brasil. A Anvisa permitiu a importação para pouco mais de 80 famílias brasileiras, entre elas a de Giovana, mas o Conselho Federal de Medicina ainda avalia o uso do canabidiol no país. Se a liberação para qualquer pessoa for aprovada, a importação será mais fácil.
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