Marcelo Esqueff
Dez moradores da Margem da Linha foram chamados para prestar esclarecimentos
Os recorrentes protestos que levaram ao fechamento da BR-101 no trecho próximo à localidade da Tapera, em Campos, levou o Ministério Público Federal (MPF) a instaurar um processo investigatório e moradores da comunidade da Margem da Linha estão sendo convocados para prestarem esclarecimentos. A oitiva de testemunhas começou nesta sexta-feira (28/11).
De acordo com informações do MPF, cerca de 10 pessoas foram notificadas e serão ouvidas pelo coordenador do processo investigatório e procurador da República Eduardo Santos Oliveira, nos próximos dias com a finalidade de esclarecer além dos reais motivos das manifestações, a participação de crianças nas mesmas.
Ainda segundo assessoria do órgão, o procurador somente irá se pronunciar sobre o processo depois de concluída a oitiva de testemunhas.
Segundo o juiz, crianças não podem ser usadas como massa de manobra por pais ou parentes, com o objetivo de conseguir melhorias. Ele ainda disse que, se novamente houver participação de menores em protestos, os mesmos serão imediatamente recolhidos para abrigamento em instituição da prefeitura.
A desocupação começou a ser discutida pela prefeitura por identificar que aquelas famílias estão em área de risco, devido a alagamentos e à situação de vulnerabilidade social. A mudança começou na segunda-feira (24/11) quando 43 famílias foram levadas para o condomínio do Programa Municipal Morar Feliz de Ururaí onde estão sendo construídas 1. 297 casas, sendo que as primeiras 312 estão prontas.
O objetivo do MPF quer garantir que no processo de desocupação sejam evitados o uso desnecessário da força e embates com eventuais moradores que ofereçam resistência.
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