segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Beltrame diz que fica na Secretaria de Segurança Pública do Rio


Secretário garantiu que ainda tem passos importantes a serem dados.
Governador se comprometeu a dar a mesma autonomia a Beltrame.

Henrique CoelhoDo G1 Rio
Beltrame participa de inauguração de Companhia Destacada em Nilópolis, na Baixada Fluminense (Foto: Henrique Coelho/G1)Beltrame participa de inauguração de Companhia Destacada em Nilópolis, na Baixada Fluminense (Foto: Henrique Coelho/G1)
O secretário de Segurança José Mariano Beltrame afirmou, nesta segunda-feira (3), que  permanecerá no cargo durante o próximo mandato do governador Luiz Fernando Pezão. O anúncio foi feito durante inauguração de uma Companhia Destacada em Nilópolis, na Baixada Fluminense. "Tem algumas coisas que ainda dá para fazer, passos importantes para oferecer para a comunidade carioca", afirmou Beltrame.
Segundo o secretário, a Companhia Destacada servirá para reforçar a segurança na região, já atendida pelo 20º BPM (Mesquita), com outros 130 policiais. "Protejam a polícia. Aqui é uma localização estratégica para combater a criminalidade aqui e em outros municípios da Baixada", disse Beltrame.
O governador Luiz Fernando Pezão, que também esteve presente no evento, garantiu que o secretário terá a mesma independência que possuía no governo de Sérgio Cabral para atuar à frente da pasta.
Pezão ainda prometeu que serão formados 900 novos policiais até dezembro de 2014. Ele afirmou que o programa de segurança do governo não será paralisado. "As UPPs serão fortalecidas, e vamos perseguir esse fortalecimento. Não temos a utopia de acabar com a droga, mas com donos de território sim", afirmou o governador.
Casos de violência
No começo de outubro o soldado Márcio Coelho de Andrade, de 24 anos, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camarista Méier, Zona Norte do Rio, foi morto a tiros na noite dentro de uma lanchonete em Nilópolis. Segundo informações do 20º BPM (Mesquita), o soldado foi morto após ser reconhecido como Policial Militar.
De acordo com a polícia, os homens atiraram no PM que estava dentro do estabelecimento fazendo um lanche. Eles teriam chegado ao local de um carro e, após atirar no policial, fugiram. A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o crime.

No ano passado, outro soldado de UPP foi morto na cidade. Alan da Silva Adriano levava a namorada em casa, na travessa Maria Leocádia do Amaral, quando foi abordado por dois homens. Ele reagiu ao assalto e foi atingido por três disparos. Os criminosos conseguiram fugir com a arma do policial, que trabalhava na UPP do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

Outro caso que chocou moradores da região aconteceu em setembro de 2012. Um grupo de seis amigos saíram de casa em Nilópolis, na Baixada Fluminense, para tomar banho de Cachoeira no Parque Estadual de Gericinó. No local, o grupo foi sequestrado e executado. Os criminosos deixaram os corpos abandonados na Via Dutra com sinais de tortura. As vítimas, que tinham entre 16 e 19 anos, não tinham antecedentes criminais.
Na ocasião, a Polícia Civil disse que eles foram confundidos com traficantes de uma facção rival ao bando de criminosos que seria do Morro da Chatuba, em Mesquita. O inquérito levou ao indiciamento de 14 pessoas e o caso segue na Justiça. Em janeiro de 2013, quatro meses depois do crime, Remilton Moura da Silva Júnior, suposto mandante da chacina, foi encontrado morto perto da favela do Chapadão, no Subúrbio do Rio.

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