Carlos Grevi
Criança de sete anos encontrada no local está sob os cuidados do Conselho Tutelar
A proprietária da pousada denunciada como local de prostituição, na manhã desta terça-feira (21/01), no Centro de Campos, foi autuada em flagrante, com base no artigo 229 do Código Processual Penal, que dispõem sobre crime de manutenção de casa para a prática de exploração sexual. M.J.H.S., de 50 anos, foi encaminhada ao Presídio Feminino.
Em coletiva na tarde desta terça-feira, a delegada adjunta da 134ª Delegacia Legal do Centro, Natália Patrão, explicou que ao ser questionada sobre o uso do local para comercialização do próprio corpo, M.J.H.S. nega conhecimento, e alega que o local funciona como uma Pousada/Hotel e que cobrava o valor de R$ 10 para 30 minutos de permanência e R$ 20 por uma hora.
Ainda foram apreendidos no local um caderno com anotações de entrada e saída de clientes, fotografias que mostram o interior dos quartos, e fichas de registros de hóspedes.
Natália informou ainda que o menino de sete anos que foi encontrado no local, e que é elemento da denúncia recebida pelo Conselho Tutelar, não sofreu qualquer tipo de abuso e nem exploração sexual, porém o ambiente não era propício para sua permanência. A dona da pousada e avó dele, explicou que o neto estava lá, porque a pessoa que ficaria com ele, que seria uma tia, havia ido ao dentista. De acordo com a delegada, a mãe da criança dormia em um dos quartos, mas não há qualquer indício de que a mesma explore o próprio corpo.
A conselheira tutelar faz um apelo e pede à população que denuncie não apenas a exploração sexual infantil, mas todo crime que envolver crianças e adolescentes, pois o órgão tem atuado veemente no combate aos crimes. Os telefones para denúncia são: (22) 98826-4221; 98826-4225; 98826-4348; 98826-4362 ou 98826-4331.
ENTENDA O CASO
Na manhã desta terça-feira, o Conselho Tutelar com apoio do Setor Alfa da Polícia Militar lacrou uma pousada na Rua Antônio Félix Miranda, no Centro de Campos. A ação foi realizada após denúncia, chegada também pela manhã ao Conselho, de que crianças conviveriam no local onde funcionaria um prostíbulo.
Ao chegarem ao endereço, as conselheiras Geovana Oliveira, Maria Inês Ribeiro e Rafaela Bezerra encontraram um casal entrando e outro saindo. Onde funcionaria uma espécie de recepção, foi encontrado um caderno com anotações e fichas de cadastro de clientes. Já na parte interna, um menino de sete anos, neto da responsável pelo local foi localizado.
A proprietária do imóvel, M.J.H.S., contou que mora em uma casa na Avenida Alberto Torres, com as duas filhas e o neto, mas que desde a última sexta-feira (17/01), quando teve uma pane elétrica que deixou a casa sem energia, estaria na “pousada” com a família.
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