terça-feira, 28 de janeiro de 2014

CERCA DE MIL FUNCIONÁRIOS FECHAM A ESTRADA DE ACESSO AO PORTO DO AÇU

Paralisação foi iniciada nas primeiras horas do dia
 Gerson Gonçalo

Paralisação foi iniciada nas primeiras horas do dia

Cerca de mil funcionários de duas empresas terceirizadas promovem desde às 5h30 desta segunda-feira (27/01), uma manifestação na estrada que dá acesso ao Superporto do Açu. Dezenas de ônibus ficaram impossibilitados de chegar ao empreendimento e com isso, além dos manifestantes, centenas de trabalhadores também não tiveram como chegar ou até mesmo deixar o local. Nas primeiras horas alguns ônibus chegaram a entrar.
Os funcionários são das empresas Milplan e Engesique que prestam serviço na construção do Porto.
Segundo os manifestantes, com a ação na manhã desta segunda-feira os trabalhos no Porto ficam comprometidos em torno de 70%. No contato com o Ministério Público do Trabalho (MPT), foram informados que a manifestação seria ilegal por não ter tido apoio do Sindicato.
No local chegaram a informar a equipe de reportagem do Site Ururau que dois representantes do Sindicato estiveram com eles e ouviram as queixas, mas não repassaram aos empresários. Eles ainda procuraram José Eulálio,presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil de Campos que teria afirmado desconhecer o encontro de dois representantes com o grupo.
Os trabalhadores reivindicam a correção das horas "in itinere", que são horas extras prestadas no trânsito para o trabalho, além de
 insalubridade para os pintores e soldadores, adicional de periculosidade para montadores de andaimes e eletricistas. Há ainda reclamação por conta das condições das refeições a água oferecida nos canteiros, que estaria salgada.
Um dos funcionários, Levi Miranda, disse que foi demitido da Milplan depois de tentar reivindicar melhores condições e direitos trabalhistas. Ele ainda contou que teria se recusado a assinar a rescisão do contrato, mas o setor de Recursos Humanos da empresa o teria feito por ele.
O presidente do Sindicato da Construção Civil, José Eulálio, recebeu a equipe doSite Ururau e revelou que a manifestação não teve a participação, nem aval da entidade, já que a data base para discutir questões salariais e de condições de trabalho é o dia primeiro de fevereiro. A partir deste dia, a empresa tem ainda até o dia 28 do mesmo mês para tentar negociar tais reivindicações. Os funcionários podem manifestar insatisfação a partir do dia primeiro de maio.
“Essas reivindicações, os patrões já receberam e estão discutindo. Eles assinaram um acordo, se não estão cumprindo, cabe ao trabalhador fazer uma pauta e avisar ao sindicato que nós vamos ao Ministério Público. Em vez de reclamar na empresa, ele tem que falar no sindicato. Quando ele vai à empresa e reclama ela se sente no direito de mandar embora”, disse Eulálio que afirmou ainda que há homens se passando por membros do sindicato e orientando mal aos trabalhadores.
José Eulálio disse ainda que todos os trabalhadores participaram de uma audiência no dia seis de dezembro do ano passado, onde todas as reivindicações foram enumeradas. Eles também já teriam conhecimento prévio de que a data base para as negociações e que manifestações antes do prazo legal poderia acarretar em multa para o Sindicato.
“O sindicato não está sendo omisso. A gente está ciente de tudo e uma meia dúzia está querendo tumultuar. Agora, o sindicato não pode pagar R$ 10 mil de multa por causa de uma meia dúzia. Eu não vou poder atender a esse pessoal e prejudicar todo o resto. Se o sindicato não tivesse feito pauta, não tivesse publicado edital e não estivesse negociando com as empresas... Agora, se o sindicato comparece e assume, a multa está em cima” finalizou o presidente reafirmando que a manifestação não teve participação da entidade.
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Fonte: REDAÇÃO

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