Gerson Gonçalo
Paralisação foi iniciada nas primeiras horas do dia
Cerca de mil funcionários de duas empresas terceirizadas promovem desde às 5h30 desta segunda-feira (27/01), uma manifestação na estrada que dá acesso ao Superporto do Açu. Dezenas de ônibus ficaram impossibilitados de chegar ao empreendimento e com isso, além dos manifestantes, centenas de trabalhadores também não tiveram como chegar ou até mesmo deixar o local. Nas primeiras horas alguns ônibus chegaram a entrar.
Os funcionários são das empresas Milplan e Engesique que prestam serviço na construção do Porto.
Segundo os manifestantes, com a ação na manhã desta segunda-feira os trabalhos no Porto ficam comprometidos em torno de 70%. No contato com o Ministério Público do Trabalho (MPT), foram informados que a manifestação seria ilegal por não ter tido apoio do Sindicato.
Os trabalhadores reivindicam a correção das horas "in itinere", que são horas extras prestadas no trânsito para o trabalho, além de
insalubridade para os pintores e soldadores, adicional de periculosidade para montadores de andaimes e eletricistas. Há ainda reclamação por conta das condições das refeições a água oferecida nos canteiros, que estaria salgada.
Um dos funcionários, Levi Miranda, disse que foi demitido da Milplan depois de tentar reivindicar melhores condições e direitos trabalhistas. Ele ainda contou que teria se recusado a assinar a rescisão do contrato, mas o setor de Recursos Humanos da empresa o teria feito por ele.
“Essas reivindicações, os patrões já receberam e estão discutindo. Eles assinaram um acordo, se não estão cumprindo, cabe ao trabalhador fazer uma pauta e avisar ao sindicato que nós vamos ao Ministério Público. Em vez de reclamar na empresa, ele tem que falar no sindicato. Quando ele vai à empresa e reclama ela se sente no direito de mandar embora”, disse Eulálio que afirmou ainda que há homens se passando por membros do sindicato e orientando mal aos trabalhadores.
“O sindicato não está sendo omisso. A gente está ciente de tudo e uma meia dúzia está querendo tumultuar. Agora, o sindicato não pode pagar R$ 10 mil de multa por causa de uma meia dúzia. Eu não vou poder atender a esse pessoal e prejudicar todo o resto. Se o sindicato não tivesse feito pauta, não tivesse publicado edital e não estivesse negociando com as empresas... Agora, se o sindicato comparece e assume, a multa está em cima” finalizou o presidente reafirmando que a manifestação não teve participação da entidade.
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