Empresa e Defensoria vão apresentar proposta de indenização a famílias.
Sócio disse ainda que não havia problemas com freio e pneus.
Um dos sócios da viação Colitur negou nesta quarta-feira (9) que o ônibus acidentado em Paraty, na Costa Verde do Rio, estivesse superlotado e com freio danificado. Paulo Afonso Arantes pediu desculpas às famílias dos 15 mortos e 66 feridos, após se reunir com a Defensoria Pública do Estado, no Centro do Rio. O encontro acontece no mesmo dia em que moradores fizeramprotesto contra a Colitur, em Paraty.
No encontro, ficou definido que a Colitur vai indenizar as vítimas. O valor, no entanto, não será divulgado.
"Tenho que pedir desculpas à população. Sou pai, sou filho. Concordo que há falhas na empresa, mas não são dessa dimensão. A câmera dá a entender que está careca, mas não está. E perícia vai confirmar isso. O freio está em perfeito estado. A informação que tenho é que está. Nego que esteja superlotado", disse Paulo Afonso.
De acordo com ele, no ônibus cabem 45 passageiros sentados e 38 em pé e estava em plenas condições de circular. O veículo havia sido fiscalizado pelo Detro cerca de 60 dias antes do acidente, segundo o sócio.
O contrato de concessão da prefeitura com a Colitur foi firmado em 2003, com prazo de 30 anos. No entanto, precisaria ser renovado de seis em seis anos. Em 2014, a prefeitura não renovou o contrato, mas a viação continuou a circular mesmo assim.
"A prefeitura não nos procurou para renovar. Eu continuei a circular porque tenho 30 anos de concessão. Entendo que posso circular. Se eu tiro o serviço a prefeitura vai em cima", explicou ele.
Acordo vítimas
A Defensoria Pública vai intermediar o acordo de indenização entre a Colitur e as vítimas. No encontro, ficou definido que a Defensoria não vai entrar com ação cível contra a empresa. Em contrapartida, a viação vai agilizar o pagamento de indenizações aos familiares.
A Defensoria Pública vai intermediar o acordo de indenização entre a Colitur e as vítimas. No encontro, ficou definido que a Defensoria não vai entrar com ação cível contra a empresa. Em contrapartida, a viação vai agilizar o pagamento de indenizações aos familiares.
As vítimas vão receber a proposta de indenização e responder se aceitam ou não. Os valores serão definidos com base em decisões de Tribunais Superiores. Quem recusar o valor, poderá entrar na Justiça contra a viação.
"Não haverá ação ajuizada na Justiça. É um acordo da Defensoria com todos os atores do caso. A homologação será da própria Defensoria e num prazo reduzido", explicou a defensora Patrícia Cardoso.
A indenização será composta por danos morais e materiais individuais e mais danos morais coletivos, um valor que pode ser revertido em um ação em benefício do local do acidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário