quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pudim cobra da Alerj investigação por presença de 'espiões' em sess



Deputado diz que sentiu-se ameaçado na porta da Assembleia
 Ascom

Deputado diz que sentiu-se ameaçado na porta da Assembleia

O deputado Geraldo Pudim usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na tarde desta quarta-feira (27/02) para denunciar a ação de espionagem promovida por agentes do Serviço Reservado da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (P2 e B2). Na tarde de terça-feira (26/02) o parlamentar, ao constatar que estava sendo filmado e fotografado pelos agentes no uso de suas atribuições parlamentares deu voz de prisão a 32 agentes e ao coronel que estava no comando da ação identificado como Jorge Benedito.
"Não há segurança! Como um cidadão que tem uma denúncia a fazer neste Parlamento terá coragem de vir ao meu gabinete? Ele está com medo! Está com medo de vir ao meu gabinete, porque, ontem, a Alerj foi sitiada por ‘arapongas’ da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, de seus serviços reservados! Senti-me atingido, acuado, agredido. Fui cercado, Sr. Presidente, na porta por esses ‘arapongas’. Se não fosse a intervenção providencial da Chefe da Segurança do Parlamento, que determinou que três companheiros da Segurança ficassem ao meu lado, não sei o que poderia ter acontecido do lado de fora, porque fui cercado por esses ‘arapongas’ truculentos", destacou Pudim sobre os agentes do Serviço Reservado que atuavam ilegalmente na Alerj.
Logo após o ocorrido na Assembleia Pudim prestou queixa na 5ª Delegacia Legal contra a ação dos agentes. O delegado adjunto responsável pelo caso remeteu ao deputado um termo circunstanciado no qual consta as ações empreendidas pelo delegado. 
Segundo o documento, arroladas as testemunhas do evento, organizar junto ao comando do Bombeiro Militar os dias e horários das oitivas dos militares que estão apresentados; requisitar à Alerj eventuais imagens de câmeras de segurança existente no local; oficiar a CET/Rio nesse mesmo sentido.
“A polícia quer receber todo material, quer saber quem eram esses ‘arapongas’, que estavam aqui dentro, nos corredores da Alerj. Eu quero saber quem são!”- comentou Pudim e continuou a leitura do documento: “Identificar e intimar a oitiva os eventuais servidores que tenham deixado de participar da reunião, em virtude de supostas condutas praticadas por militares do serviço reservado. Ora, Sr. Presidente, sabe o que quer dizer isso? Teve militar que queria participar da reunião e não entrou com medo, tendo em vista a forma acintosa com que eles estavam sitiando a Assembleia Legislativa para filmar os militares que estavam entrando aqui. Com qual finalidade isso?”, finalizou o parlamentar.

ASCOM

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