sexta-feira, 15 de junho de 2012

Negado estado de greve no hospital Ferreira Machado


Direção do Ferreira Machado nega estado de greve no hospital

Fotos: Carlos Grevi
Atendimentos estão sendo realizados normalmente na unidade

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 menosAtendimentos estão sendo realizados normalmente na unidade
O Diretor do Hospital Ferreira Machado (HFM), Ricardo Madeira, negou na manhã desta sexta-feira (15/06), a existência do estado de greve na unidade. Madeira afirmou que o atendimento está sendo realizado normalmente. Nossa equipe esteve no hospital e constatou que o funcionamento está dentro da normalidade.
“Não vejo o menor sentido de greve no setor de urgência e emergência de um hospital de maior porte da região. Em momento algum os sindicatos dos médicos e funcionários aderiram a greve, por isso o atendimento não está comprometido. O comando de paralisação feito por um grupo que não chegou a reunir 50 pessoas se achou no direito de ser líder de um movimento que é ilegal”, disse o Diretor.
Na noite desta quinta-feira (14/06), o presidente da Associação de Médicos do Norte e Noroeste do Estado, Dr. Paulo Romano, informou que o HFM entraria em estado de greve com luto, a partir da manhã desta sexta. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e aumento salarial.
“O movimento patroneado pela Associação dos médicos do Norte e Noroeste do Estado teve participação efetiva de presidentes do sindicato geral dos enfermeiros de Campos, além de funcionários da prefeitura. A greve é um fato, que inclusive pode se estender para todos os funcionários da prefeitura, em situação imanente. Houve a convocação direta e indireta dos médicos e funcionários do hospital que se colocaram a margem das reivindicações e não compareceram. O Diretor nega e suas informações são contraditórios às precariedades bastante perceptíveis já pelos corredores do hospital. Ontem, uma criança precisou de um microscópio cirúrgico e sua cirurgia foi comprometida porque o equipamento não funcionava há dias”, disse o presidente.   
A equipe do Site Ururau esteve no hospital e em resposta o Diretor Ricardo Madeira pontuou a acervo de atendimento ao paciente. 
“O hospital conta com 1.700 funcionários e 30 médicos por plantão, um material humano satisfatório. São 180 leitos entre urgência e emergência. Quanto ao questionamento salarial, não é de foro do hospital. Nas duas últimas semanas identificamos falta de muito poucos itens de material, dentre eles vital, no almoxarifado do hospital, apenas 12 de 5 mil itens. A firma que deixou de fornecer o material já foi identificada e substituída e por isso o presidente da Fundação Sebastião Campista realizou a compra direta, algo até mesmo que foge ao processo licitatório da Secretaria de Saúde da prefeitura. A nova firma tem prazo de 30 dias para realizar a entrega do material”, finalizou.
Entre todo o impasse e as possíveis explicações é o paciente que acaba sendo afetado. Regina Célia dos Santos Azevedo, de 55 anos, acompanha um parente que desde a última quarta-feira (06/06), se encontra na Unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital e diz que a superlotação é o motivo de sua queixa, não o atendimento.
“Quanto ao atendimento médico não há do que reclamar. Entendo que o hospital atende não só ao município de Campos, mas alguma providência precisa ser tomada em relação a superlotação da unidade para que não afete aos pacientes que estão aqui e os que chegarão”, ressaltou Célia.
Em contato com o Ministério Público, o promotor Marcelo Leça preferiu se pronunciar após audiência que ocorrerá na próxima segunda-feira, (18/06), a partir das 14h, onde serão apresentadas denúncias pontuais sobre o Hospital ao órgão.
Ururau

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