quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Policial militar que baleou deficiente intelectual é detida no ES


Vítima foi levada para um hospital, mas já recebeu alta e está em casa.
Família disse que ele correu durante a abordagem porque medo da polícia.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
A policial militar que atirou em um jovem com deficiência intelectual está detida no quartel da Polícia Militar, no bairro Maruípe, em Vitória. De acordo o órgão, ela foi autuada por tentativa de homicídio e um inquérito foi aberto para apurar o caso. O rapaz teve alta do hospital nesta quarta-feira (14) e já está em casa.

O caso aconteceu na noite desta terça-feira (13), no bairro Santo André, em Cariacica. Felipe Hebert, de 23 anos, foi atingido ba barriga e levado para o Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, logo em seguida. Segundo a família, o rapaz estava na calçada de uma igreja quando foi abordado por policiais em um carro caracterizado. A policial teria pedido para que ele levantasse a camisa, mas Felipe saiu correndo e a militar atirou. A irmã da vítima, Vanessa Lopes, contou que ele tomou a atitude de correr porque tem medo de policiais desde que era criança.

Ainda segundo parentes, por pouco a situação não foi mais grave. "O médico disse que foi por muito pouco, que a bala era para ter pegado o pulmão dele porque era ela ter subido, mas ela desviou, passou e saiu na barriga dele. Foi muita sorte, o médico disse que passou pela pele não atingiu nada dele", contou a irmã, Vanessa.
A situação provocou revolta entre os familiares. Logo após o incidente, a avó de Felipe, Neusina Cardoso, questionou a ação policial. "Em quem podemos confiar? Em quase ninguém, pois era para a polícia nos proteger, e não fizeram isso. Tanto vagabundo andando pela rua por aí. Meu neto é uma pessoa que não faz mal a ninguém, poderia estar morto agora", disse.
O corregedor da PM, coronel Ilton Borges, disse que a instituição já abriu um inquérito para apurar ocaso. "Durante a abordagem, esse indivíduo foi baleado, a policial militar tenta colocar a circunstância em que isso ocorreu, há algum tipo de controvérsia e, ao final, a gente consegue esclarecer. A gente percebe que houve um incidente em que essa pessoa foi feriada, mas também tem um histórico desse individuo, do comportamento que ele adota em outras abordagens policiais e que justamente pode ter levado a esse resultado", comentou.
* Com colaboração de Leandro Tedesco, da TV Gazeta.
Jovem mostra curativo resultante do tiro que levou da policial (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Jovem mostra curativo resultante do tiro que levou da policial (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

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