segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Turista é agredido e roubado durante Parada Gay no Rio; veja imagens


Ao todo, 76 pessoas foram detidas na festa, marcado pela violência.
Secretário de Turismo diz que incidentes são comuns em grandes eventos.

Do G1 Rio
Os flagrantes de furtos durante a 19ª Parada do Orgulho LGBT, realizada na orla da Praia de Copacabana no domingo (16), são impressionantes. As imagens mostram grandes grupos de assaltantes – muitos deles menores de idade – cercando pessoas e roubando objetos, como cordões. Em um dos flagrantes, um turista estrangeiro é visto sendo atacado na areia da praia por um desses grupos. A vítima fica caída na areia, enquanto é roubada e agredida. Ele só consegue se levantar depois que os criminosos fogem. Outros dois homens aparecem nas imagens também sendo atacados durante o evento. As imagens foram mostradas na edição desta segunda-feira (17) do RJTV.
A todo momento, integrantes da organização do evento, que estavam no carro de som,  alertavam sobre os furtos e pediam ajuda da polícia. Seguranças particulares e policiais militares foram chamados, mas a cena se repetiu diversas vezes. Ao todo, 76 detidos pela Polícia Militar foram levados para a 12ª DP (Copacabana) – alguns deles foram contidos por pessoas que participavam da parada gay. 
O comandante interino da PM, coronel Íbis Pereira, afirmou, que será realizada, nesta segunda, uma reunião com entidades da área de Assistência Social para discutir o problema dos menores infratores. No entanto, segundo o coronel, o policiamento foi "adequado".
Público agride suspeito de praticar roubo  (Foto: Alexandre Durão/ G1)Público agride suspeito de praticar roubo na praia
(Foto: Alexandre Durão/ G1)
"Foi inegavelmente um evento de segurança pública, mas não apenas de policiamento. O policiamento foi adequado pra o tamanho do evento. Nosso policiamento esteve presente e encaminhamos todas as ocorrências à delegacia com todo o respeito e dignidade para aquelas pessoas", disse o comandante.
'Incidentes são comuns', diz secretário
O secretário estadual de Turismo, Cláudio Magnavita, disse que furtos ocorridos no domingo são comuns em eventos de grande porte. A declaração foi dada durante a abertura da 1ª Conferência Nacional de Segurança Turística, no estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio nesta segunda.
"O importante foi a ação imediata da Polícia Militar. Tivemos 47 prisões, foi identificado o foco disso e muitos dos pertences roubados foram devolvidos imediatamente. O importante é a polícia presente e a sensação que passou de segurança. Esses episódios são frutos dessa concentração humana", disse Magnavita.
Vigilantes tentam controlar tumulto na 19º Parada do Orgulho LGBT (Foto: Alexandre Durão/ G1)Vigilantes tentam controlar tumulto na 19º Parada do Orgulho LGBT (Foto: Alexandre Durão/ G1)
O secretário considerou que eventos como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a Copa do Mundo mostraram que a cidade está preparada do ponto de vista da segurança.
Apesar dos flagrantes de ataques durante a parada gay, o ministro do Turismo Vinícius Lage também considerou que o policiamento foi eficiente. "O planejamento se mostrou adequado e suficiente", disse Lage, descartando a necessidade de se aumentar o efetivo policial para eventos como o de domingo.
O grupo Arco-Íris, que organiza a parada gay, afirmou, em nota, que realizou reuniões com órgãos públicos, como a Polícia Militar e a Guarda Municipal, e que contratou um "grande quantitativo de agentes de segurança [privada]".
"Infelizmente, observamos que não foi possível coibir, em sua totalidade, furtos, roubos e brigas. Reiteramos que cumprimos todas as exigências de segurança que são requeridas para a realização de eventos públicos de grande porte. (...) É importante ressaltar que a questão da violência no Rio de Janeiro, tanto quanto um problema de segurança pública, é também consequência das desigualdade que permeiam a sociedade", diz a nota.
Bandeira do movimento LGBT foi estendida como um tapete sobre o público (Foto: Alexandre Durão/ G1)Bandeira do movimento LGBT foi estendida como um tapete sobre o público (Foto: Alexandre Durão/ G1)

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