Ao todo, 76 pessoas foram detidas na festa, marcado pela violência.
Secretário de Turismo diz que incidentes são comuns em grandes eventos.
Os flagrantes de furtos durante a 19ª Parada do Orgulho LGBT, realizada na orla da Praia de Copacabana no domingo (16), são impressionantes. As imagens mostram grandes grupos de assaltantes – muitos deles menores de idade – cercando pessoas e roubando objetos, como cordões. Em um dos flagrantes, um turista estrangeiro é visto sendo atacado na areia da praia por um desses grupos. A vítima fica caída na areia, enquanto é roubada e agredida. Ele só consegue se levantar depois que os criminosos fogem. Outros dois homens aparecem nas imagens também sendo atacados durante o evento. As imagens foram mostradas na edição desta segunda-feira (17) do RJTV.
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A todo momento, integrantes da organização do evento, que estavam no carro de som, alertavam sobre os furtos e pediam ajuda da polícia. Seguranças particulares e policiais militares foram chamados, mas a cena se repetiu diversas vezes. Ao todo, 76 detidos pela Polícia Militar foram levados para a 12ª DP (Copacabana) – alguns deles foram contidos por pessoas que participavam da parada gay.
O comandante interino da PM, coronel Íbis Pereira, afirmou, que será realizada, nesta segunda, uma reunião com entidades da área de Assistência Social para discutir o problema dos menores infratores. No entanto, segundo o coronel, o policiamento foi "adequado".
"Foi inegavelmente um evento de segurança pública, mas não apenas de policiamento. O policiamento foi adequado pra o tamanho do evento. Nosso policiamento esteve presente e encaminhamos todas as ocorrências à delegacia com todo o respeito e dignidade para aquelas pessoas", disse o comandante.
'Incidentes são comuns', diz secretário
O secretário estadual de Turismo, Cláudio Magnavita, disse que furtos ocorridos no domingo são comuns em eventos de grande porte. A declaração foi dada durante a abertura da 1ª Conferência Nacional de Segurança Turística, no estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio nesta segunda.
O secretário estadual de Turismo, Cláudio Magnavita, disse que furtos ocorridos no domingo são comuns em eventos de grande porte. A declaração foi dada durante a abertura da 1ª Conferência Nacional de Segurança Turística, no estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio nesta segunda.
"O importante foi a ação imediata da Polícia Militar. Tivemos 47 prisões, foi identificado o foco disso e muitos dos pertences roubados foram devolvidos imediatamente. O importante é a polícia presente e a sensação que passou de segurança. Esses episódios são frutos dessa concentração humana", disse Magnavita.
O secretário considerou que eventos como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a Copa do Mundo mostraram que a cidade está preparada do ponto de vista da segurança.
Apesar dos flagrantes de ataques durante a parada gay, o ministro do Turismo Vinícius Lage também considerou que o policiamento foi eficiente. "O planejamento se mostrou adequado e suficiente", disse Lage, descartando a necessidade de se aumentar o efetivo policial para eventos como o de domingo.
O grupo Arco-Íris, que organiza a parada gay, afirmou, em nota, que realizou reuniões com órgãos públicos, como a Polícia Militar e a Guarda Municipal, e que contratou um "grande quantitativo de agentes de segurança [privada]".
"Infelizmente, observamos que não foi possível coibir, em sua totalidade, furtos, roubos e brigas. Reiteramos que cumprimos todas as exigências de segurança que são requeridas para a realização de eventos públicos de grande porte. (...) É importante ressaltar que a questão da violência no Rio de Janeiro, tanto quanto um problema de segurança pública, é também consequência das desigualdade que permeiam a sociedade", diz a nota.
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