sexta-feira, 2 de agosto de 2013

POLÍCIA CIVIL TENTA DESCOBRIR CAUSA DA NORTE DE ASSASSINO DE GABRIELLE

Polícia Civil tenta descobrir causa da morte de assassino de Gabrielle

Mudinho teria assinado documento, onde constava que se sentia ameaçado
 Mauro de Souza/Reprodução

Mudinho teria assinado documento, onde constava que se sentia ameaçado

Após várias horas ouvindo os detentos do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, o delegado titular da 146ª Delegacia Legal de Guarus, Carlos Augusto Guimarães, convocou a imprensa na tarde desta quinta-feira (01/08), para fornecer maiores esclarecimentos sobre a morte Marcos Souza Silva, mais conhecido como “Mudinho”. Ele estava preso na unidade desde o dia 11 deste mês, após ser apontado como principal suspeito de violentar sexualmente e matar a pequena Gabrielle, no último dia 10 de julho, em Rio das Ostras.
De acordo com o delegado Mudinho, foi morto com requintes de crueldade e provavelmente o crime tenha sido premeditado, já que na cela do presídio em que ele estava, havia uma televisão, onde outros detentos podem ter visto no dia anterior ao crime, uma reportagem sobre o resultado do exame de DNA que confirmou que ele era o culpado pela morte de Gabrielle.
“Acreditamos que o crime tenha sido todo pensado, já que na cela havia uma televisão, o que facilita a comunicação entre os presos, sem falar na falta de câmeras onde o Marcos foi assassinado, o que dificulta ainda mais nossa investigação”, disse o delegado ressaltando que os oito presos levados à delegacia nesta quarta-feira (31/07), preferiram não dar declarações e disseram que só vão falar em juízo.
O próximo passo da investigação será ouvir todos os detentos da galeria C, do Pavilhão 2, onde o Mudinho estava. Também serão chamados para depor todos os agentes penitenciários, a fim de saber se houve alguma negligência por parte da Secretaria do Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Carlos Augusto também esclarece que Marcos se sentia ameaçado no presídio. “Ainda ontem recebi um termo de declaração do presídio, assinado com letra de forma por Marcos, que informava que ele se sentia ameaçado pelos outros detentos por fazer parte da facção Amigo dos Amigos (ADA)”, disse o delegado.
O delegado ainda aguarda o laudo da perícia que deverá sair em 10 dias. A equipe do Site Ururau, entrou em contato com o Seap que informou em nota que não irá se manifestar sobre o caso.
NOTA SEAP A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que a Corregedoria da pasta está no local para apurar os fatos.
A Seap informa ainda que só irá se manifestar após a conclusão das investigações internas.
CRIME DO MUDINHO
De acordo com a Polícia Civil, por volta das 8h de quarta-feira (01/07), agentes penitenciários teriam ido até o pavilhão para fazer a contagem dos presos e abriram oito celas para o banho de sol, inclusive a que estava Marcos Souza Silva, que teria sido visto com vida pelos agentes.
O crime teria acontecido na área de convivência de banho de sol, onde, segundo os agentes, é de difícil visualização. Lá Marcos foi espancado, teve as duas orelhas cortadas, os testículos arrancados e colocados na boca, além ter um pedaço de madeira inserido no ânus.
Peritos da Polícia Civil estiveram no interior do presídio e informaram que o interno, Marcos, foi encontrado morto com uma corda improvisada amarrada no pescoço. Também foram identificadas perfurações nas costas e crânio feitos provavelmente por objetos contundentes.
A polícia recolheu na unidade prisional pedaços de cabo de vassoura e uma barra de ferro que podem ter ser sido usados no crime.  
CASO GABRIELLEGabrielle ficou desaparecida por cinco dias. Segundo o pai e a mãe, ela estava dormindo junto com eles e com os irmãos, em um colchonete no chão da casa e por volta das 4h, quando a mãe acordou, constatou que a criança não estava na casa.
Familiares e amigos deram início a uma busca que só terminou na quarta-feira (10/07), quando o corpo da menina foi encontrado em uma casa em construção, no mesmo bairro Âncora, onde ela morava com a família.
No dia seguinte a delegada Carla Tavares, confirmou que o laudo da morte da pequena Gabrielle, de dois anos apontava que ela morreu após ser estuprada. A causa da morte foi hemorragia na cavidade abdominal, causada pelo estupro e agressão.
Também no dia seguinte a delegada confirmou que a Polícia já teria um suspeito que poderia ser preso nas horas seguintes.
No dia 16 de julho, a delegada Carla Tavares confirmou que o principal suspeito de ter violentado e matado Gabrielle já se encontra em prisão temporária desde o dia 11 de, ficando somente pendente o resultado do exame de DNA, que foi divulgado na última quinta-feira (30/07).


Fonte: URURAU

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