Duzentos casos de tuberculose são diagnosticados por ano em Campos
Reprodução / Mauro de Souza
Entre os sintomas da doença estão tosse persistente, febre e perda de peso
Uma doença transmitida pelas vias aéreas e que se não for tratada pode levar a morte. A cada ano cerca de 200 pessoas descobrem que estão com tuberculose e procuram atendimento no centro especializado em Campos.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa e que em 75% dos casos atinge os rins. Mas, a bactéria (bacilo de Koch) também pode afetar outras partes do corpo como pele, olhos e ossos.
Segundo a assistente social do Programa de Controle da Tuberculose (PCT), Rosângela Soares, a doença atinge mais homens entre 25 e 34 anos e, assim que os sintomas forem identificados, a pessoas devem procurar um médico.
“A tuberculose pulmonar tem como sintomas febre, perda de peso e tosse sem parar durante três semanas. A transmissão é feita através das vias aéreas e contado direto e prolongado com pessoas que estão com a doença. Por exemplo, viajar muito tempo em um ônibus com ar condicionado ligado, a pessoa que contaminada vai tossir e falar, o bacilo entra pelo nariz de outra e se aloja no corpo. A tuberculose extra pulmonar também é contraída da mesma forma, mas não é transmissível. Além de ser mais difícil de ser diagnosticada”, disse.
Em Campos o programa atende anualmente 260 casos, destes 60 são reincidentes. “Assim que esse paciente sintomático chega são realizados três exames, feitos três dias seguidos pela manhã mais o raio X. Os resultados saem no mesmo dia. Em casos da tuberculose pulmonar todos da família fazem exame e, se preciso for, fazem um tratamento preventivo”, explicou.
A tuberculose tem cura desde que o paciente siga corretamente o tratamento durante seis meses. “No programa tudo é gratuito, com consultas e a medicação dada pelo Ministério da Saúde. Temos um índice de 76% de cura e com 15 dias de tratamento já é reduzido o grau de transmissão. Mas infelizmente 10% dos pacientes abandonam o tratamento, então nós entramos em contato com ele para que volte já que se a tuberculose se não for tratada leva a morte”, comentou.
De acordo com a assistente social não existe um modo preciso de prevenção, mas a dica é evitar lugares fechados e com grande aglomeração de pessoas.
“Quando bebês, nós recebemos a vacina BCG que protege o organismo, mas os hábitos de vida e contato com possíveis portadores fazem com que a doença se prolifere. Se um alcoólatra contrair a doença e não seguir o tratamento, a situação pode se agravar. Da mesma forma se o paciente se curar, mas voltar a ter os mesmos hábitos e convívio com o mesmo grupo de possíveis pessoas contaminadas ele pode contrair a tuberculose novamente”, finalizou.
QUADRO ESTADUAL
O Rio de Janeiro é o estado com maior incidência de tuberculose. A doença atinge principalmente a faixa etária entre 20 a 29 anos.
QUADRO ESTADUAL
O Rio de Janeiro é o estado com maior incidência de tuberculose. A doença atinge principalmente a faixa etária entre 20 a 29 anos.
De acordo com dados preliminares da Secretaria de Estado de Saúde, em 2012, foram registrados 14.039 casos da doença no estado, que representam cerca de 15% do total do país. Mais da metade (52,94%) foram na capital fluminense, onde 7.433 pessoas contraíram tuberculose. A região metropolitana 1, que inclui também 11 municípios da Baixada Fluminense foi a que anotou mais números de casos (10.964) representando 78,09% do total do estado.
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