terça-feira, 20 de agosto de 2013

DEZENAS DE CASOS DE TUBERCULOSE POR ANOS EM CAMPOS

Duzentos casos de tuberculose são diagnosticados por ano em Campos

Entre os sintomas da doença estão tosse persistente, febre e perda de peso
 Reprodução / Mauro de Souza

Entre os sintomas da doença estão tosse persistente, febre e perda de peso

Uma doença transmitida pelas vias aéreas e que se não for tratada pode levar a morte. A cada ano cerca de 200 pessoas descobrem que estão com tuberculose e procuram atendimento no centro especializado em Campos.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa e que em 75% dos casos atinge os rins. Mas, a bactéria (bacilo de Koch) também pode afetar outras partes do corpo como pele, olhos e ossos.
Segundo a assistente social do Programa de Controle da Tuberculose (PCT), Rosângela Soares, a doença atinge mais homens entre 25 e 34 anos e, assim que os sintomas forem identificados, a pessoas devem procurar um médico.
“A tuberculose pulmonar tem como sintomas febre, perda de peso e tosse sem parar durante três semanas. A transmissão é feita através das vias aéreas e contado direto e prolongado com pessoas que estão com a doença. Por exemplo, viajar muito tempo em um ônibus com ar condicionado ligado, a pessoa que contaminada vai tossir e falar, o bacilo entra pelo nariz de outra e se aloja no corpo. A tuberculose extra pulmonar também é contraída da mesma forma, mas não é transmissível. Além de ser mais difícil de ser diagnosticada”, disse.
Em Campos o programa atende anualmente 260 casos, destes 60 são reincidentes. “Assim que esse paciente sintomático chega são realizados três exames, feitos três dias seguidos pela manhã mais o raio X. Os resultados saem no mesmo dia. Em casos da tuberculose pulmonar todos da família fazem exame e, se preciso for, fazem um tratamento preventivo”, explicou.
A tuberculose tem cura desde que o paciente siga corretamente o tratamento durante seis meses. “No programa tudo é gratuito, com consultas e a medicação dada pelo Ministério da Saúde. Temos um índice de 76% de cura e com 15 dias de tratamento já é reduzido o grau de transmissão. Mas infelizmente 10% dos pacientes abandonam o tratamento, então nós entramos em contato com ele para que volte já que se a tuberculose se não for tratada leva a morte”, comentou.
De acordo com a assistente social não existe um modo preciso de prevenção, mas a dica é evitar lugares fechados e com grande aglomeração de pessoas.
“Quando bebês, nós recebemos a vacina BCG que protege o organismo, mas os hábitos de vida e contato com possíveis portadores fazem com que a doença se prolifere. Se um alcoólatra contrair a doença e não seguir o tratamento, a situação pode se agravar. Da mesma forma se o paciente se curar, mas voltar a ter os mesmos hábitos e convívio com o mesmo grupo de possíveis pessoas contaminadas ele pode contrair a tuberculose novamente”, finalizou.

QUADRO ESTADUAL

O Rio de Janeiro é o estado com maior incidência de tuberculose. A doença atinge principalmente a faixa etária entre 20 a 29 anos.
De acordo com dados preliminares da Secretaria de Estado de Saúde, em 2012, foram registrados 14.039 casos da doença no estado, que representam cerca de 15% do total do país. Mais da metade (52,94%) foram na capital fluminense, onde 7.433 pessoas contraíram tuberculose. A região metropolitana 1, que inclui também 11 municípios da Baixada Fluminense foi a que anotou mais números de casos (10.964) representando 78,09% do total do estado.


Fonte: DORLANY DEL ESPOSTI

Nenhum comentário:

Postar um comentário