Um universitário do Rio de Janeiro, que fazia estágio na Estação Ecológica de Guaxindiba, no município de São Francisco de Itabapoana, faleceu na manhã desta quarta-feira, 26, no quarto do alojamento da Estação. Lucas Freitas da Costa Duque, de 20 anos, era estudante de Biologia.
Por volta das 7 horas da manhã, o Resgate Municipal foi acionado para socorrer Lucas. O rapaz que já estava em parada cardíaca, foi levado para o Hospital Municipal Manoel Carola, mas chegou em óbito naquela unidade hospitalar.
Lucas estava no alojamento na companhia de outras três pessoas. Um dos companheiros de quarto teria percebido que o rapaz acordou muito assustado, colocou a mão no peito e depois caiu na cama desacordado.
Não foram encontrados sinais de violência no corpo de Lucas e a suspeita principal é de infarto fulminante. Segundo Vânia Coelho, gestora da Estação Ecológica de Guaxindiba, o rapaz é componente de uma equipe de pesquisadores da UFRJ.
“Ele foi encontrado pelos companheiros desacordado, tendo sido encaminhado para o Hospital de Ponto de Cacimbas onde foi constatado o óbito. Ele era estagiário do laboratório de Entomologia da Universidade Federal Fluminense e participava de uma pesquisa científica em nossa unidade de conservação”, disse Vânia.
Nos pertences de Lucas, na Estação Ecológica, não foram encontrados documentos oficiais, o que impossibilitou a liberação do corpo, que permanece no Hospital. Familiares do rapaz estão a caminho de São Francisco de Itabapoana com os documentos do universitário. A partir daí será feito um pré-laudo e o corpo deverá ser liberado.
o universitário chegou a São Francisco nesta terça-feira, 25, e estava em sua primeira noite na Estação Ecológica de Guaxindiba. Muito feliz com a possiblidade de ampliar seus conhecimentos no estágio, o jovem teve seus projetos interrompidos repentinamente.
O carioca Lucas Freitas da Costa Duque cursava Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Apaixonado por insetos, veio estudá-los mais de perto, na Estação Ecológica.
Segundo o site Iniciativa Bio, Lucas era colaborador no laboratório de tecnologias cognitivas - LTC/NUTES - UFRJ, no desenvolvimento de projetos tendo em vista a utilização de ferramentas tecnológicas para a prática docente no ensino de ciências biológicas, com foco na área de ciências da saúde. Era também bolsista do Laboratório de Entomologia - LabEnt-UFRJ, atuando na Taxonomia e Ecologia de Insetos Aquáticos, com foco principal em biomas como os de Floresta Amazônica e Mata Atlântica, esse último bioma predominante da Estação Ecológica de Guaxindiba.
Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba
Segundo o, Inea, a Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba abrange cerca de 3.260 hectares que protegem 1.200 hectares de vegetação de Mata Atlântica e importantes mananciais da região, próxima à orla da praia de Guaxindiba. É o último e maior remanescente de floresta em planície costeira, também conhecida como floresta de tabuleiro, no Estado do Rio de Janeiro (floresta estacional semidecidual).
A Sede
Construída em local próximo à unidade de conservação, adota conceitos de sustentabilidade, como sistema de reciclagem de resíduos, reutilização da água de consumo e de aproveitamento da energia solar e dos ventos incidentes. Sua estrutura conta com auditório; alojamento para pesquisadores, estudantes e guarda-parques; anfiteatro a céu aberto, com torre de observação e vista panorâmica para a área da EEEG.
A Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba é uma unidade de conservação de proteção integral que tem como objetivo básico a preservação da natureza. Em algumas de suas zonas ou áreas é possível a realização de pesquisas e experimentações científicas, conduzidas por instituições e pesquisadores interessados em ampliar o conhecimento sobre o seu peculiar ecossistema. Nesses locais a visitação pública restringe-se aos fins educacionais, devendo ser agendada com antecedência junto à administração da unidade.
A unidade de conservação foi criada, em 2002, devido aos veementes alertas de ambientalistas e técnicos dos órgãos ambientais do governo do estado quanto à necessidade de se deter imediatamente o processo de destruição da tristemente famosa “Mata do Carvão”, nome sintomático dado àquele remanescente florestal e que bem ilustra a ação impiedosa das carvoarias locais, mais tarde substituídas pela extração seletiva de essências florestais nobres, como a ameaçadíssima peroba-de-campos
Reportagem e fotos: Site VNOTÍCIA
Sede da Estação Ecológica de Guaxindiba:
Lamentável. Era nosso colega de turma. Deus conforte os corações.
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