quinta-feira, 2 de abril de 2015

PF indicia ex-prefeito de Itaguaí, no RJ, por fraude e lavagem de dinheiro


Luciano Mota foi afastado suspeito de desvio de verbas.
Ele entregou o passaporte na sede da Polícia Federal.

Do G1 Rio
Luciano Mota (PSDB), prefeito afastado de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, foi indiciado nesta quarta-feira (1º) por associação criminosa, lavagem de dinheiro e fraude em licitações. Ele esteve na sede da Polícia Federal para entregar seu passaporte, conforme mostrou o RJTV. Procurado pelo G1, o prefeito não foi encontrado até a última atualização desta reportagem.  Ele pode recorrer da decisão do afastamento.
Mota foi afastado da prefeitura na terça-feira (31) por decisão é do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Ele é investigado pela Polícia Federal por desvio de dinheiro público do SUS e dos royalties do petróleo. O desembargador Paulo do Espírito Santo determinou a busca e apreensão de um helicóptero, e de três carros de luxo. O helicóptero, avaliado em R$ 4 milhões, foi apreendido nesta quarta em São Paulo. Veja abaixo no vídeo da Polícia Federal.
 Segundo o desembargador, o esquema de desvio de verbas começava com licitações viciadas, como a que foi vencida pela empresa Tristars, que faz a coleta de lixo na cidade. A empresa pagava propina a homens de confiança do ex-prefeito, e estava envolvida na compra da Ferrari apreendida em dezembro, segundo a Justiça. O helicóptero também foi comprado por um empresário ligado à Tristars.
A Polícia Federal começou a ouvir vereadores suspeitos de receber propina e está investigando empresas queeram ligadas ao esquema de lavagem de dinheiro, algumas delas de aluguel de veículos.
O delegado da Polícia Federal Hylton Coelho, responsável pelas investigações, informou que vereadores suspeitos de receberem propinas já estavam sendo ouvidos e que empresas ligadas ao esquema de propina também serão investigadas.
“O afastamento do ex-prefeito é de suma importância porque a gente liberta em primeiro lugar uma cidade de 120 mil habitantes de uma quadrilha armada, que estava voltada unicamente para arrecadar numerário público e agora a gente prossegue a investigação sem essa conotação de violência, sem desaparecimento de documentos, sem tentar respostas que não são respondas. A nova administração era oposição ao prefeito, estava contra ao que estava acontecendo e a gente vai ter muito mais facilidade", disse.
O vice-prefeito, Weslei Pereira, que assumiu a administração disse que vai fazer uma auditoria na prefeitura.
“Estou oficializando um pedido ao Tribunal de Contas do Estado para que inicie em todas as secretarias e em todos os contratos esse levantamento”, disse ele, afirmando que até segunda-feira (6) divulga a empresa que vai auditar as contas do município.
Três secretários também foram afastados: Amaro Ferreira Gagliardia, Ricardo Luís Rosa e Alex de Lucena Barboza. E dois PMs que faziam a segurança do ex-prefeito. Segundo a Polícia Federal, eles foram reconhecidos como autores de uma tentativa de homicídio contra um homem que fazia oposição a Luciano Mota.
Os veículos que são do prefeito e foram apreendidos são: um Porsche Panamera modelo 2012, um Mercedes Benz AMG, modelo 2011, e um BMW X-6, modelo 2014. Ele também teria usado dinheiro público para comprar uma Ferrari, avaliada em R$ 1,7 milhão, que supostamente estaria em nome de um laranja, que já foi apreendida.
Itaguaí (Foto: Rede Globo)A Ferrari avaliada em R$ 1,7 milhão, que já foi apreendida (Foto: Rede Globo)

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