sexta-feira, 3 de abril de 2015

Mulher baleada dentro de casa no Alemão é enterrada no Rio


Velório aconteceu em capela do cemitério de Inhaúma, na Zona Norte.
Ela foi morta por uma bala perdida dentro de casa.

Do G1 Rio
Parentes e amigos acompanharam a despedida (Foto: G1)Parentes e amigos acompanharam a despedida
(Foto: G1)
Foi enterrado nesta sexta-feira (3) o corpo de Elizabeth Alves, de 41 anos, morta por uma bala perdida no morro do Alemão, na última quarta-feira (1). Ela era velada desde as 10h em uma capela do cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio.
Ela foi morta por uma bala perdida dentro de casa. A filha, Maynara Moura, também ficou ferida, mas está fora de perigo. Elizabeth, por sua vez, não resistiu e acabou morrendo.

O Conjunto de Favelas do Alemão, Zona Norte do Rio, viveu uma quarta-feira (1) de medo. Tiroteios entre policiais e criminosos deixaram ao menos três mortos e outros três feridos, conforme informou a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP).
Carlos Roberto Francisco, marido de mulher morta no Alemão (Foto: Matheus Rodrigues/G1)Carlos Roberto Francisco, marido de mulher morta
no Alemão (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Marido diz que polícia não tem preparo
O marido de Elizabeth de Moura Francisco, mulher que morreu durante um tiroteio no Conjunto de Favelas do Alemão, afirmou, na manhã desta quinta-feira (3), que os policiais que participaram da troca de tiros eram despreparados. De acordo com Carlos Roberto Francisco, de 59 anos, os policiais não tinham certeza para onde o suspeito teria fugido e mesmo assim realizavam disparos.

"O sentimento que fica é de negligência, trabalho mal feito. Um vizinho viu uma reportagem onde o policial não olhava nem para onde tava dando tiro, ele colocava a cara e dava tiro. Segundo testemunhas da 45ª DP, ele viu alguém subindo pra cima da laje e minha casa fica a um metro e meio para baixo da rua. A verdade é que ele nem viu. Segundo meu vizinho, ele botava o revolver pra dentro do beco e dava tiro lá para dentro. Não foi uma autoridade, minha esposa estava deitada no chão e o meu filho falou que o policial desceu e disse assim 'corre ai gente, arruma um carro particular para levar ela para o hospital'. A pessoa não tava preparada", disse.

Tiroteios constantes
Desde sábado (28), sete policiais militares se feriram em confrontos com criminosos em comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), dois dele no Alemão. Nesta terça, um PM da UPP Fazendinha foi baleado no conjunto de favelas. Na segunda (30), outro policial da mesma UPP foi baleado ao sair do trabalho.

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