Marcelo Esqueff / Carlos Grevi
População fica de mãos atadas e as filas nas Casas Lotéricas parecem não ter fim
A mais de um mês de greve dos vigilantes bancários, parece que a novela de conciliação entre o Sindicato Patronal e o Sindicato dos Vigilantes está longe de ter um fim.
Assembleias e audiências já foram realizadas, mas os patrões parecem estar irredutíveis, quando o assunto é um acordo com os trabalhadores.
Assembleias e audiências já foram realizadas, mas os patrões parecem estar irredutíveis, quando o assunto é um acordo com os trabalhadores.
Após boatos de que a greve terminaria na próxima quarta-feira (04/06), o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Luiz Carlos Rocha, esclareceu que a greve ainda não tem previsão de término.
“Ainda não recebemos nenhuma proposta do Sindicato Patronal e também não tem prevista nenhuma assembleia ou audiência de reconciliação. A única coisa que foi feita desde a última semana, quando houve a audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) foi a entrega dos documentos ao jurídico da Federação dos Vigilantes, para que fosse protocolado o pedido de dissídio”, disse Luiz.
Este dissídio deve ser protocolado já que não houve acordo entre o Sindicato dos Vigilantes e o Sindicato Patronal. Com a instauração do dissídio de greve é preciso aguardar até que seja distribuído ao relator do Tribunal e julgado pelo colegiado composto por 12 desembargadores.
Se os vigilantes estão com problemas, a população também não tem passado por bons momentos, principalmente quando são voltados para as questões de soluções de contas bancárias ou até mesmo pagar uma simples conta mensal.
A ida a casa loteria já virou rotina para o frentista, Denis Belo dos Santos. “Saquei o dinheiro para pagar o IPVA da moto e vou à lotérica pagar. Seria bom se pudéssemos resolver isso no banco, mas não tem vigilante suficiente. O pior é o pagamento do boleto. O pessoal que fez a inscrição do Enem tirou o boleto pra pagar no Banco do Brasil, que só lá poderia pagar, mas não puderam. A maioria pagou pela internet e os outros nem sei como resolveram”, lembrou Denis.
Além de gerar filas enormes nos locais de pagamentos, a paralisação também prejudica o movimento no comércio, como ressalta o vendedor, André Renê Lopes. “Trabalho em uma loja de autopeças e o movimento vem caindo. A desculpa dos clientes é a greve dos vigilantes. A greve também atrasa um pouco o serviço porque às vezes saiu para pagar as contas da loja e tenho que esperar um bom tempo na fila”, revelou o vendedor.
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