Agressões e ameaças são frequentes entre os quiosques 4 e 5 da Praia de Camburi
Uma dupla de flanelinhas tem intimidado quem deixa o carro no estacionamento entre os quiosques quatro e cinco na Praia de Camburi, em Vitória. Eles intimidam os frequentadores com abordagens agressivas, coagindo-os a dar dinheiro pelo tempo em que “vigiam” os veículos. Um deles já chegou a esmurrar um veículo, ameaçar uma motorista de morte e outro com um facão.
No lugar há uma grande movimentação à noite, depois das 18h30 por conta da prática de esportes que acontece na praia, inclusive com grupos de crianças. A situação vem acontecendo desde o início do ano, quando os dois guardadores de carro começaram a aparecer no local nesse período noturno e exigir pagamento.
“No início eles já chegavam dizendo ‘cinco reais’. Se a gente ignorava, começavam a reclamar, xingar”, conta X., uma das frequentadoras. Quando o dinheiro é negado, eles dão um jeito de exigir que alguma quantia seja entregue, indo até a janela do condutor e ameaçando ou até mesmo impedindo que o carro saia do local.
Foto: Fernando Madeira - GZ
Dois guardadores de carro costumam intimidar os frequentadores da orla com abordagens agressivas; motoristas mulheres sofrem mais nas mãos da dupla
Passagem
“Eles se colocam atrás do carro de braço cruzado, não deixando a gente dar ré, ou então colocam as latas que usam para guardar água. E se for mulher é pior, porque é aí eles não tem respeito mesmo, vão para cima xingando”, relata Y., motorista que sempre estaciona por ali.
Além de coagir os motoristas, os dois costumam brigar entre si pela “propriedade” das vagas, chegando a entrarem em luta corporal. “Eles começam a discutir e daqui a pouco voam baldes, latas e vassouras, que podem atingir alguém ou os carros”, diz Z., outra motorista que costuma parar no lugar, à noite.
Os frequentadores dizem já ter avisado a Guarda Municipal e à Polícia, mas que nada foi feito. “Já apontamos para as viaturas que ficam pela praia e também ligamos para o 190 e para o 156 diversas vezes, mas disseram que teria que haver uma agressão para eles poderem agir”, diz X.
Guarda intensificará fiscalização no local
Diante das reclamações e relatos de ameaças, o gerente de proteção comunitária da Guarda Municipal de Vitória, Paulo Caseira, diz que vai incluir no local uma viatura, moto ou ciclopatrulha no horário noturno.
Ele diz que há dois meses, por conta das reclamações, a Guarda esteve na região para chamar a atenção dos flanelinhas sobre as denúncias e orientá-los.
Denúncia
“Neste tipo de situação de ameaça é preciso que liguem para o 190 ou para o 156 e digam que precisam ser atendidos o mais rápido possível, mesmo que não seja flagrante, pode-se dizer como é o indivíduo e como está vestido. Garanto o atendimento da minha instituição”, afirma Caseira.
Depoimentos de quem já foi coagido no local
“Todo mundo está com medo dos dois” Y. Motorista
“Eles ficam ali, nos coagindo, exigindo que os motoristas deem dinheiro, sempre entre 18h e 21h. Vão para trás do carro de braços cruzados, impedindo de darmos ré para sair. E se for mulher é pior ainda, ficam agressivos. Também brigam entre eles. Eles sabem o horário que o pessoal sai das aulas de esporte na areia e ficam de olho. Todo mundo está com medo”
“Ele bateu no carro e discutiu com a gente” W. Motorista
“Nunca vivemos uma situação como essa. Meu marido disse a um deles que não tinha como dar dinheiro todos os dias. Ele então bateu no carro e começou a discutir com a gente, quase com agressão física. Meu filho estava junto e tive que puxar meu marido. Teve uma pessoa que se negou a pagar e enfrentou o flanelinha, falou que ia bater. Ele falou que era para ela não voltar lá ou iria morrer”
“Ele gritou que era para eu não aparecer mais” X. Motorista
Uma vez cheguei, ele fez sinal, eu não entendi e passei direto. Quando saí do carro ele disse ‘sua filha da p., quero ver para quem você vai dar o dinheiro’. Fui para a praia e quando voltei ele veio e colocou uma lata atrás do carro e aí o outro xingou ele e chutou a lata. Dei ré e joguei uma moeda de um real pela janela e o que tinha me impedido de sair ficou gritando que não era mais para eu aparecer ali”
“Já pegaram um facão da barraca de coco” K. Motorista
“Tenho tomado cuidado quando estaciono lá. Eles incomodam as pessoas, abordam, tentam intimidar quando a gente sai. Esses dias um deles parecia drogado, brigando com todo mundo. Já pegaram um facão de uma barraca de coco para ameaçar uma pessoa que não quis pagar. Quando paro lá, peço que alguém me acompanhe na hora de ir embora para ficar mais tranquila, mas não fico”
“Eles discutem demais. Voam baldes e latas” Z. Motorista
“Quando você chega para estacionar eles já ficam do lado do carro te pressionando. E quando começam a brigar entre eles, voam baldes, vassouras e latas para tudo quanto é lugar. Pode bater em alguém ou nos carros. Eles discutem demais entre eles, falam um monte de palavrão. A primeira vez que os vi eles estavam brigando de porrada mesmo, um batendo no outro”
“Disseram que iam arranhar meu carro” Q. Motorista
“Eles fecham as entradas do estacionamento e ficam recolhendo o dinheiro. Um deles falou para uma moça que ia bater nela se não pagasse, também já disseram que iam arranhar meu carro. Eles sabem que ligamos para a polícia. Um me viu com o celular e depois veio atrás de mim, perguntando do meu filho, que faz aula por ali, pelo nome, como se estivesse insinuando uma ameaça”
No lugar há uma grande movimentação à noite, depois das 18h30 por conta da prática de esportes que acontece na praia, inclusive com grupos de crianças. A situação vem acontecendo desde o início do ano, quando os dois guardadores de carro começaram a aparecer no local nesse período noturno e exigir pagamento.
“No início eles já chegavam dizendo ‘cinco reais’. Se a gente ignorava, começavam a reclamar, xingar”, conta X., uma das frequentadoras. Quando o dinheiro é negado, eles dão um jeito de exigir que alguma quantia seja entregue, indo até a janela do condutor e ameaçando ou até mesmo impedindo que o carro saia do local.
Foto: Fernando Madeira - GZ
Dois guardadores de carro costumam intimidar os frequentadores da orla com abordagens agressivas; motoristas mulheres sofrem mais nas mãos da dupla
Passagem
“Eles se colocam atrás do carro de braço cruzado, não deixando a gente dar ré, ou então colocam as latas que usam para guardar água. E se for mulher é pior, porque é aí eles não tem respeito mesmo, vão para cima xingando”, relata Y., motorista que sempre estaciona por ali.
Além de coagir os motoristas, os dois costumam brigar entre si pela “propriedade” das vagas, chegando a entrarem em luta corporal. “Eles começam a discutir e daqui a pouco voam baldes, latas e vassouras, que podem atingir alguém ou os carros”, diz Z., outra motorista que costuma parar no lugar, à noite.
Os frequentadores dizem já ter avisado a Guarda Municipal e à Polícia, mas que nada foi feito. “Já apontamos para as viaturas que ficam pela praia e também ligamos para o 190 e para o 156 diversas vezes, mas disseram que teria que haver uma agressão para eles poderem agir”, diz X.
Guarda intensificará fiscalização no local
Diante das reclamações e relatos de ameaças, o gerente de proteção comunitária da Guarda Municipal de Vitória, Paulo Caseira, diz que vai incluir no local uma viatura, moto ou ciclopatrulha no horário noturno.
Ele diz que há dois meses, por conta das reclamações, a Guarda esteve na região para chamar a atenção dos flanelinhas sobre as denúncias e orientá-los.
Denúncia
“Neste tipo de situação de ameaça é preciso que liguem para o 190 ou para o 156 e digam que precisam ser atendidos o mais rápido possível, mesmo que não seja flagrante, pode-se dizer como é o indivíduo e como está vestido. Garanto o atendimento da minha instituição”, afirma Caseira.
Depoimentos de quem já foi coagido no local
“Todo mundo está com medo dos dois” Y. Motorista
“Eles ficam ali, nos coagindo, exigindo que os motoristas deem dinheiro, sempre entre 18h e 21h. Vão para trás do carro de braços cruzados, impedindo de darmos ré para sair. E se for mulher é pior ainda, ficam agressivos. Também brigam entre eles. Eles sabem o horário que o pessoal sai das aulas de esporte na areia e ficam de olho. Todo mundo está com medo”
“Ele bateu no carro e discutiu com a gente” W. Motorista
“Nunca vivemos uma situação como essa. Meu marido disse a um deles que não tinha como dar dinheiro todos os dias. Ele então bateu no carro e começou a discutir com a gente, quase com agressão física. Meu filho estava junto e tive que puxar meu marido. Teve uma pessoa que se negou a pagar e enfrentou o flanelinha, falou que ia bater. Ele falou que era para ela não voltar lá ou iria morrer”
“Ele gritou que era para eu não aparecer mais” X. Motorista
Uma vez cheguei, ele fez sinal, eu não entendi e passei direto. Quando saí do carro ele disse ‘sua filha da p., quero ver para quem você vai dar o dinheiro’. Fui para a praia e quando voltei ele veio e colocou uma lata atrás do carro e aí o outro xingou ele e chutou a lata. Dei ré e joguei uma moeda de um real pela janela e o que tinha me impedido de sair ficou gritando que não era mais para eu aparecer ali”
“Já pegaram um facão da barraca de coco” K. Motorista
“Tenho tomado cuidado quando estaciono lá. Eles incomodam as pessoas, abordam, tentam intimidar quando a gente sai. Esses dias um deles parecia drogado, brigando com todo mundo. Já pegaram um facão de uma barraca de coco para ameaçar uma pessoa que não quis pagar. Quando paro lá, peço que alguém me acompanhe na hora de ir embora para ficar mais tranquila, mas não fico”
“Eles discutem demais. Voam baldes e latas” Z. Motorista
“Quando você chega para estacionar eles já ficam do lado do carro te pressionando. E quando começam a brigar entre eles, voam baldes, vassouras e latas para tudo quanto é lugar. Pode bater em alguém ou nos carros. Eles discutem demais entre eles, falam um monte de palavrão. A primeira vez que os vi eles estavam brigando de porrada mesmo, um batendo no outro”
“Disseram que iam arranhar meu carro” Q. Motorista
“Eles fecham as entradas do estacionamento e ficam recolhendo o dinheiro. Um deles falou para uma moça que ia bater nela se não pagasse, também já disseram que iam arranhar meu carro. Eles sabem que ligamos para a polícia. Um me viu com o celular e depois veio atrás de mim, perguntando do meu filho, que faz aula por ali, pelo nome, como se estivesse insinuando uma ameaça”
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