quarta-feira, 4 de junho de 2014

DIRETOR DA ÁGUA DO PARAÍBA E MAIS PRESOS EM OPERAÇÃO DO MPF


Detidos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal de Campos
 Marcelo Esqueff / Carlos Grevi

Detidos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal de Campos

O Ministério Público Federal (MPF) de Campos com o apoio da Polícia Militar deflagrou nesta quarta-feira (04/06) uma operação contra poluição, lançamento de esgoto in natura, dejetos químicos e industriais no Rio Paraíba do Sul.
Foram detidos um dos diretores da concessionária Águas do Paraíba do Sul e outras três pessoas. Os nomes não foram divulgados para não atrapalhar a ação, que ainda visa à prisão de outras pessoas. Todos os presos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal, no Centro, para auto de prisão em flagrante.
O procurador da república Eduardo Santos Oliveira ficou de dar uma coletiva, às 20h30, para informar detalhes da operação, mas o pronunciamento foi transferido para esta quinta-feira (05/06), com horário a ser definido. Segundo informações do MPF a investigação apura denúncias de poluição no Rio Paraíba por parte da empresa Águas do Paraíba, além de outras particulares no leito do rio, que também estariam praticando crime ambiental.
A operação terminou por volta das 20h15, e de acordo com o MPF, outras testemunhas estavam sendo ouvidas na Polícia Federal.
A equipe de reportagem do Site Ururau tentou o contato por telefone com a assessoria de imprensa às 18h25, novamente às 18h50 e pela terceira vez às 19h, mas em todas as vezes o telefone estava desligado. Ainda foi enviado um e-mail para o assessor como forma de obter uma resposta da empresa.
CPI PROPOSTA TEM ASSINATURAS RETIRADAS E NÃO VINGAA empresa Águas do Paraíba e a poluição no Rio Paraíba do Sul foram temas de acaloradas discussões na Câmara dos Vereadores em Campos nos últimos meses.
Primeiro o Grupo de Trabalho formado pelos vereadores Alexandre Tadeu (PRB), Genásio (PSC), Linda Mara (Pros) e Marcão (PT) realizaram e apresentaram o relatório final com indícios de irregularidades como o mau uso dos caminhões de fossa da Empresa Municipal de Habitação Urbanização e Saneamento (EMHAB), cedidos à concessionária; indício de coleta de esgoto em outro município que seria trazido para estações de tratamento em Campos, além de outros crimes ambientais. Os vereadores destacaram ainda que tais irregularidades, caso comprovadas, seriam suficientes para quebra de contrato entre a empresa e a Prefeitura.
Em seguida o vereador Alexandre Tadeu, relator do Grupo de Trabalho, apresentou a proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da Concessionária Águas do Paraíba, mas depois de anunciar publicamente nas redes sociais que tinha 11 das nove assinaturas necessárias para a aprovação, não teve como seguir com a proposta, já que quatro vereadores voltaram atrás de suas posições e retiraram as assinaturas.
"Pedi a CPI justamente por ter provas de que a Concessionária Águas do Paraíba é caso de polícia", declarou nesta quarta-feira ao Site Ururau, o vereador Alexandre Tadeu.
“Basta! É preciso sim uma CPI para obrigar a Concessionária Águas do Paraíba a se explicar e corrigir o mais rápido possível as suas falhas. Com a CPI teremos informações que podem possibilitar uma revisão do contrato, ou em último caso o seu cancelamento, e hoje o município encontra-se amparado na Lei do Saneamento, aprovada no final de 2013 e já em vigor, para que a população possa ser atendida com o respeito que merece”, dizia o vereador Genásio, presidente do Grupo de Trabalho.
Com a não aprovação da abertura da CPI, o presidente da Câmara de Campos, Edson Batista anunciou a criação de uma Comissão, formada pelo vereador Magal (PR) e Paulo Hirano (PR), da base do governo, e do vereador Marcão (PT), da oposição, para iniciar o relacionamento e ouvir representantes da empresa. Para o dia 10 de junho foi agendada uma audiência pública com os diretores da empresa.
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Fonte: URURAU

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