– As linhas de ônibus não têm seus horários respeitados e os ônibus quebram com muita frequência. Os funcionários nunca sabem dar informações e a empresa retira ônibus das linhas quando bem entende. É muito difícil para quem depende desse transporte chegar ao seu destino diariamente. Entendemos que esse descaso é consequência do monopólio de uma empresa que não possui compromisso com a população usuária. Gostaríamos de uma solução dos órgãos competentes – disse a assistente social Daiane Ribeiro, auxiliar de creche em São João a Barra.
Depois de suspender o vale transporte dos funcionários em virtude da crise econômica, a prefeitura de São João da Barra fez um acordo com a empresa para garantir o desconto de 50% da passagem aos funcionários. A professora Ana Paula Motta se diz indignada com o sistema de transporte e com o desrespeito com quem compra passagem antecipada e com desconto.
– Funcionários da prefeitura de São João da Barra dependem, exclusivamente, da empresa Campostur que, por sua vez, vende passagens antecipadas para o mês com 50% de desconto. No entanto, no dia que não tem ônibus, ficamos sem a condução e, ainda, não somos reembolsados. Se quisermos passar para o outro mês, não podemos – informa Ana Paula.
Ela explica, ainda, que a empresa, no papel, oferece ônibus de 40 em 40 minutos para Barcelos, mas que, na prática, a realidade é bem diferente. “Trabalho lá todo dia. Estamos descendo na usina e andando até a creche, que é perto do cemitério de Roças Velhas e, depois, voltando no mesmo trajeto. A empresa diz que faz o favor de vender a passagem com 50% de desconto, uma vez que estamos sem o vale transporte, que a prefeitura descontava 6% no nosso contracheque. E não são 10 ou 20 funcionários. São mais de 100 pessoas que compram, todo mês, passagem para Açu, Grussaí, Barcelos, Pipeiras, Quixaba, entre outros”, disse a professora.
A professora Edwana Gonçalves trabalha em Grussaí e, com a falta de regularidade das linhas e descumprimento dos horários, já teve que pagar a passagem duas vezes no mesmo dia. “Está demais. Já fiquei no ponto de 11h50 até 13h e nada de ônibus. Tive que ir de fretada”, informa a professora, que havia comprado antecipadamente as passagens no início do mês.
ACIDENTE – Moradores e profissionais do município relatam que na semana passada uma diretora de escola no 5º distrito sofreu um acidente após o ônibus que ela estava passar por um quebra molas. Com o impacto, a servidora municipal teria caído dentro do veículo e fraturado uma vértebra, estando ainda hospitalizada.
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