terça-feira, 27 de junho de 2017

SJB: transporte precário gera reclamação, prejuízo e acidente


O sistema de transporte no município de São João da Barra tem sido motivo de constantes reclamações, tanto de moradores quanto de pessoas de cidades vizinhas que dependem da Empresa Campostur, que tem a concessão da linha, para trabalhar. Como não bastassem atrasos dos horários de ônibus, péssima qualidade dos veículos e servidores da prefeitura local que compram passagem com um mês de antecedência para garantir desconto de 50% e não são ressarcidos quando a empresa deixa de fazer o trajeto, são registrados até mesmo acidentes por conta da qualidade do serviço, como ocorrido, por exemplo, recentemente no 5º distrito.
– As linhas de ônibus não têm seus horários respeitados e os ônibus quebram com muita frequência. Os funcionários nunca sabem dar informações e a empresa retira ônibus das linhas quando bem entende. É muito difícil para quem depende desse transporte chegar ao seu destino diariamente. Entendemos que esse descaso é consequência do monopólio de uma empresa que não possui compromisso com a população usuária. Gostaríamos de uma solução dos órgãos competentes – disse a assistente social Daiane Ribeiro, auxiliar de creche em São João a Barra.
Depois de suspender o vale transporte dos funcionários em virtude da crise econômica, a prefeitura de São João da Barra fez um acordo com a empresa para garantir o desconto de 50% da passagem aos funcionários. A professora Ana Paula Motta se diz indignada com o sistema de transporte e com o desrespeito com quem compra passagem antecipada e com desconto.
– Funcionários da prefeitura de São João da Barra dependem, exclusivamente, da empresa Campostur que, por sua vez, vende passagens antecipadas para o mês com 50% de desconto. No entanto, no dia que não tem ônibus, ficamos sem a condução e, ainda, não somos reembolsados. Se quisermos passar para o outro mês, não podemos – informa Ana Paula.
Ela explica, ainda, que a empresa, no papel, oferece ônibus de 40 em 40 minutos para Barcelos, mas que, na prática, a realidade é bem diferente.  “Trabalho lá todo dia. Estamos descendo na usina e andando até a creche, que é perto do cemitério de Roças Velhas e, depois, voltando no mesmo trajeto. A empresa diz que faz o favor de vender a passagem com 50% de desconto, uma vez que estamos sem o vale transporte, que a prefeitura descontava 6% no nosso contracheque. E não são 10 ou 20 funcionários. São mais de 100 pessoas que compram, todo mês, passagem para Açu, Grussaí, Barcelos, Pipeiras, Quixaba, entre outros”, disse a professora.
A professora Edwana Gonçalves trabalha em Grussaí e, com a falta de regularidade das linhas e descumprimento dos horários, já teve que pagar a passagem duas vezes no mesmo dia. “Está demais. Já fiquei no ponto de 11h50 até 13h e nada de ônibus. Tive que ir de fretada”, informa a professora, que havia comprado antecipadamente as passagens no início do mês.
ACIDENTE – Moradores e profissionais do município relatam que na semana passada uma diretora de escola no 5º distrito sofreu um acidente após o ônibus que ela estava passar por um quebra molas. Com o impacto, a servidora municipal teria caído dentro do veículo e fraturado uma vértebra, estando ainda hospitalizada.

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