sexta-feira, 1 de julho de 2016

Laudo comprova que tiro na cabeça matou médica na Linha Vermelha


Do G1 Rio
 A GloboNews teve acesso ao laudo da necropsia no corpo da médica Gisele Palhares, 34 anos, morta na noite de sábado (25) na alça de acesso à Linha Vermelha, após seu carro ser atingido por tiros. O laudo, que já foi encaminhado à Divisão de Homicícios da Baixada Fluminense (DHBF), apontou que a médica sofreu lesão cerebral e hemorragia.
O tiro atingiu o lado esquerdo da cabeça da vítima. A bala foi encontrada pelos peritos e encaminhada para um novo exame para que seja descoberta qual a arma foi utilizada pelos bandidos.
De acordo com o laudo, a vítima também tinha lesões nas duas pernas e uma fratura na mão esquerda. Nesta quarta-feira (29), foi feita uma perícia complementar no carro de Gisele, que foi atingido no quatro tiros: dois na frente, um na parte de trás e outro do lado esquerdo. Esse último tiro que teria provocado a morte da médica. A polícia investiga se foi tentativa de assalto ou uma execução.
Agentes e peritos da DHBF fizeram, na tarde desta quarta-feira (29), uma perícia complementar na área onde a médica Gisele Palhares Gouvêa foi morta a tiros, na noite de sábado, no limite entre a Pavuna, no Rio, e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Por volta das 15h30, o acesso da Linha Vermelha para quem sai da Dutra, local do crime, foi interditado. A liberação foi por volta das 17h.
O delegado Giniton Lages disse apenas que o trabalho foi muito importante para a sequência das investigações.
"É sempre importante voltar à cena do crime e coletar  o maior número possível de provas técnicas. Aqui pudemos entender melhor a dinâmica delitiva, ao recolocar o carro da vítima no local do crime, tentando entender a situação a cada disparo efetuado", afirmou o delegado.
Usando réguas de metal e fios, os policiais fizeram medições e registraram em fotos o ângulo de entrada dos disparos que atingiram o Range Rover de Gisele – foram três, segundo a polícia – e obter indícios a respeito da altura e posição do atirador.
O carro foi atingido por disparos de pistola na tampa do porta-malas, na porta do motorista e no vidro - este último atingiu a médica na cabeça. Após ser baleada, Gisele perdeu o controle do veículo e bateu num barranco, cerca de 20 metros adiante.
Ainda segundo Lages, a principal hipótese para o crime é de assalto, mas não está descartada a possibilidade de que tenha ocorrido uma execução.
A polícia também conta com informações repassadas pelo Disque-Denúncia (2253-1177).
O marido de Gisele, o também médico Renato Palhares, pediu às autoridades que o crime não fique impune. "Não é possível que tenhamos que andar com carros blindados no Rio de Janeiro", disse ele, que chegou a discutir a blindagem do veículo da mulher.
Em sua página do Facebook, por volta das 14h, Gisele informou que, à tarde, participou da inauguração do Centro de Atendimento ao Deficiente de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Gisele era diretora médica da Clínica da Família 24 horas do bairro Vila de Cava. Em nota, o secretário de saúde de Nova Iguaçu afirmou que o acontecimento "deixou a todos estarrecidos". "Esperamos que o crime seja esclarecido o mais rapidamente possível.  Neste momento, nos solidarizamos com a família de Gisele, que era uma excelente profissional, dedicada, comprometida com a Saúde de Nova Iguaçu e que fará imensa falta a todos nós", diz o texto, assinado pelo secretário Emerson Trindade.

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