quinta-feira, 1 de setembro de 2016

PM morto no RJ atuava como juiz em conselho da Justiça Militar


Nicolás SatrianoDo G1 Rio
Coronel da PM Ivanir foi morto a tiros nesta segunda-feira em Maricá (Foto: Reprodução/Facebook)Coronel da PM Ivanir foi morto a tiros nesta segunda-feira em Maricá (Foto: Reprodução/Facebook)
A Polícia Civil trabalha com duas hipóteses principais para tentar esclarecer o assassinato do coronel da PM Ivanir Linhares Fernandes Filho, de 49 anos, na manhã desta quarta-feira (31), em Maricá, na Região dos Lagos. O carro em que ele estava, com o motorista, um sargento da PM, foi atingido por 17 tiros – oito atingiram Ivanir.
O coronel morreu e o sargento está internado no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, com quadro de saúde estável.
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A principal linha de investigação está associada à atuação do oficial como juiz em Conselho Especial da Justiça Militar, do Tribunal de Justiça do Rio.
A outra, de acordo com depoimento de sargento que também foi baleado na investida de criminosos, é a possibilidade de latrocínio – roubo seguido de morte.
O Tribunal de Justiça confirmou que Ivanir atuava como juiz em dois processos em que outros oficiais da corporação são acusados de fraudar o Fundo de Saúde da PM (Fuspom) – o valor desviado foi superior a R$ 16 milhões, segundo investigação. O oficial participaria de audiência nesta sexta-feira (2) e já tinha comparecido ao TJ na última sexta-feira.
Segundo o delegado-titular da Delegacia de Homicídios de São Gonçalo e Niterói, Fábio Barucke, a participação de Ivanir como juiz está sendo considerada, mas, segundo depoimento do sargento que acompanhava o oficial no momento da abordagem, um dos suspeitos – a princípio, seriam três criminosos – disse "perdeu" e, em seguida, percebeu que o coronel estava armado e disparou.
"Além disso, o carro utilizado pelos criminosos era clonado e já tinha sido usado em outros crimes em Niterói. Vamos ouvir familiares para saber se o oficial sofria ameaças", disse Barucke.
Ouvido nessa quarta, o sargento também afirmou ao delegado não saber se o oficial que acompanhava já teria sofrido ameaças de morte.

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